SEGURANÇA PÚBLICA
Umuarama – Quatro dos 25 municípios que integram a área de abrangência da 7ª SubDivisão Policial de Umuarama não registram mortes violentas há dois anos.
Em Alto Paraíso, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul e Rancho Alegre D’Oeste não foram registrados crimes gravíssimos, como homicídios dolosos, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e feminicídio.
Os dados constam no Relatório Estatístico Criminal Quantitativo de Vítimas de Crimes Relativos a Mortes no Paraná, divulgado esta semana pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O período analisado compreende janeiro a dezembro de 2020 e janeiro a setembro de 2021.
Os quatro municípios ainda tem em comum outro fator, como serem cidades pequenas, com população estimada entre 2.500 e 3.975 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um fator importante que permite uma integração e unidade maior entre os moradores.
Outro ponto que chama a atenção é que nenhum desses municípios é sede de comarca e portanto, são atendidas apenas por destacamentos da Polícia Militar, que garante a segurança local. Em situações mais graves onde seja necessário a presença da Polícia Civil, a população depende dos municípios vizinhos.
Seguindo o mesmo caminho estão outros cinco municípios: Esperança Nova, Francisco Alves, Ivaté, São Jorge do Patrocínio e Xambrê, que nos primeiros nove meses de 2020 registraram uma morte por crime violento cada e no mesmo período deste ano não houve mortes decorrentes de homicídio, feminicídio, latrocínio ou lesão corporal seguida de morte, segundo a Sesp.
O relatório da Sesp aponta ainda que outros quatro municípios tiveram 100% de aumento, em números absolutos, com registros de mortes violentas entre janeiro e setembro de 2021. Maria Helena, Pérola e Tuneiras do Oeste tiveram um óbito decorrente de crime violento este ano, mas no mesmo período do ano anterior não houve registro. Já Icaraíma, em 2020 uma pessoa morreu de forma violenta nos primeiros nove meses do ano e em 2021 foram dois óbitos.
Segundo o delegado-chefe da 7ª SDP de Umuarama, Osnildo Carneiro Lemes, historicamente os crimes violentos ocorridos na região estão intimamente ligados ao tráfico de drogas ou ao contrabando, principalmente de cigarros. “Acontece por outros motivos, mas são situações mais específicas e em menor quantidade”, explicou.
Já com relação aos percentuais de acréscimos e de decréscimos Lems salientou que “Os números apresentados são absolutos e no primeiro momento podem chocar. Em um ano não tem nenhuma, morte, no ano seguinte registra uma, já dá 100%”.