O Ilustrado avisou
Desde 2013 o jornal Umuarama Ilustrado vem alertando para a morte do rio Piava, devido as intervenções do homem na bacia, entre elas, o fracionamento de terras. Porém, ao longo dos desses oito anos muito pouco foi feito para recuperar a Área de Preservação Permanente (APP) e resolver os problemas, que está culminando no assoreamento do rio. Hoje o único manancial capaz de abastecer Umuarama com água potável é um doente que precisa de aparelhos para se manter vivo.
Responsável pelo abastecimento de mais de 48 mil imóveis na cidade, o rio Piava vem sofrendo impacto da degradação ambiental nos últimos anos, segundo assessoria de impresa do Governo do Paraná. Um Levantamento topográfico mostra que, dos 50 quilômetros de cursos de água que existiam em 2010, no perímetro da APP, atualmente há apenas 28 quilômetros de rio. Ou seja, 22 quilômetros foram extintos.
Desta forma, a Sanepar iniciou o trabalho de proteção e recuperação das nascentes da APP do rio. Numa área em torno de 800 hectares, está sendo feito o terraceamento, técnica de construção de aterros em nível para que ocorra a infiltração da água lentamente, diminuindo o processo de erosão e o aporte de areia e sedimentos para o rio.
Segundo as informações, a ação vai aumentam a quantidade e a qualidade da água na captação para abastecimento. Também estão em em andamento adequações de carreadores de águas pluviais em 269 hectares, proteção de nascentes e isolamento da área da APP com cercas em 4 mil metros lineares.
“Com este projeto vamos manter e conservar este manancial tão importante para o abastecimento de Umuarama. Esta ação faz parte do trabalho da Sanepar para a recuperação dos mananciais e também é um piloto para outras ações de recuperação de mananciais no Interior do Paraná e a conservação da Serra do Mar”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Claudio Stabile.
As ações são desenvolvidas com recursos de R$ 500 mil do programa Fundo Azul da Sanepar e têm parceira com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR), como parte do Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo), no subprograma estadual Moringa Cheia. O terraceamento é acompanhado pela equipe do IDR-PR de Umuarama, sendo executado por tratores e terraceadoras com 22 discos.