Cotidiano

OPERAÇÃO SAÚVA

Quadrilha prestava ‘assessoria’ a criminosos inclusive com monitoramento da PRF

16/04/2019 15H03

OPERAÇÃO SAÚVA: Quadrilha prestava ‘assessoria’ a criminosos  inclusive com monitoramento da PRF
Foto divulgação Polícia Rodoviária Federal

Foz do Iguaçu – A Polícia Federal desarticulou no início da manhã desta terça-feira (16) cinco núcleos criminosos que atuavam no transporte de mercadorias contrabandeadas e descaminhadas na fronteira com o Paraguai, na região Oeste do Paraná. Oito pessoas foram presas e 11 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Segundo a PF, os criminosos ainda prestavam serviços de assessoria para outras organizações criminosas, que incluíam o fornecimento de motoristas, batedores, locais de armazenamento de contrabando e de drogas e o monitoramento de postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PF, um grupo oferecia serviços de monitoramento com câmeras para que organizações criminosas driblassem as fiscalizações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para passagem de caminhões com carregamentos de mercadorias e também entorpecentes.

Próximo ao posto de fiscalização de Céu Azul foram encontradas câmeras de monitoramento. O equipamento de alta qualidade estava instalado a cerca de 600 metros do local e permitia a aproximação das imagens para verificar a movimentação dos policiais inclusive através do uso de aparelhos celulares.

Ainda segundo a PF, na unidade de Santa Terezinha do Itaipu a organização mantinha um ‘olheiro’. O posto da PRF é o mais próximo das fronteiras com Paraguai e Argentina, em Foz do Iguaçu.

As ações desta terça-feira envolveram 60 policiais e foram realizadas em Foz, Céu Azul e Santa Terezinha do Itaipu, cidades na fronteira com o Paraguai.

INVESTIGAÇÕES

De acordo com a investigação que teve início em 2017, as organizações criminosas disponibilizavam olheiros, motoristas e batedores, além de espaços de armazenamento, para a entrada de mercadorias contrabandeadas no País, principalmente cigarros.

Os grupos também trabalhavam com o transporte de produtos descaminhados, com impostos e taxas fraudados, entre eles itens eletrônicos.

Os núcleos, que são vinculados a diversas apreensões realizadas na região, utilizavam veículos roubados, com placas falsas ou clonadas, para o transporte das mercadorias. Parte dos investigados já tem passagens pela prática de crimes de contrabando e descaminho.

A Operação Saúva apura ainda os crimes de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro.