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Programa Família Acolhedora busca novas famílias para crianças e adolescentes

14/11/2024 09H47

Jornal Ilustrado - Programa Família Acolhedora busca novas famílias para crianças e adolescentes

Implantado em 2017 pelo prefeito Celso Pozzobom (lei 4259/2018), o programa Família Acolhedora atua na inscrição e cadastramento de famílias dispostas a acolher em suas casas crianças e adolescentes que se encontrem em medida protetiva de acolhimento, ou seja, afastados do convívio familiar de origem por determinação judicial.

No momento, o município tem 10 famílias cadastradas. Porém, este número precisa aumentar, diante da necessidade. “Trata-se de um serviço voluntário que não cria vínculo trabalhista. É uma decisão da família acolher naquele momento. Como cada núcleo familiar tem seu perfil, quanto maior o número de famílias, maiores as possibilidades das crianças e adolescentes estarem acolhidas”, detalha Juvani Cirino Gonçalves, coordenadora do programa.

O acolhimento é temporário e ocorre enquanto as questões judiciais da família de origem ou extensa são resolvidas, acompanhadas pela equipe do programa. “Temos sempre como primeiro objetivo o retorno à sua família. Não sendo possível, a criança ou adolescente é encaminhada para uma família substituta”, acrescenta a secretária municipal de Assistência Social, Dayanne Paola Demozzi.

O serviço faz parte das ações do Ministério de Desenvolvimento Social. Uma família acolhedora pode ser composta de apenas uma, duas ou mais pessoas, independentemente de religião, estado civil, etc., o que importa é que esta ou estas pessoas se denominem como família. Após a inscrição, estas famílias serão acompanhadas e capacitadas pelo programa para, se manifestarem o desejo, ser cadastradas e passarem a acolher quando necessário.

“Os acolhedores devem estar dispostos a receber crianças e adolescentes que estejam passando por atribulações e adversidades relevantes, ao ponto de a Justiça determinar de forma excepcional que eles sejam afastados do convívio com seu núcleo familiar”, explica a secretária. As famílias interessadas em fazer parte do programa são orientadas sobre o caráter excepcional e provisório do acolhimento.

Os acolhedores fazem um grande trabalho, essencial e fundamental. “Eles garantirão convívio familiar e comunitário, direitos constitucionais e, claro, muito amor, afeto e cuidado a estas crianças e adolescentes. Porém devem estar cientes de que esse vínculo é temporário, enquanto a ‘tempestade’ acontece na vida dos acolhidos”, acrescenta Juvani.

A frase trabalhada pelo programa resume bem este serviço: “A tempestade passa e a vida continua”. Estas famílias farão parte da vida das crianças como pessoas que as protegeram, cuidaram e amaram no momento que mais precisavam para, depois da ‘tempestade’, elas seguirem seus caminhos.

“O que as nossas famílias nos trazem sempre é o quanto estes acolhimentos agregam vivências importantes à família, aprendizados, emoções, tudo que envolve o período em que oferecem estes cuidados, o exercício constante de se vincular e amar sem a ilusão da posse, da presença permanente. É evoluir e crescer junto com os acolhidos, permitindo que cada um que passa pela sua família, pelo seu lar, leve consigo um pouquinho de tudo porque também deixa ali, naquele lar, naquela família, um pouquinho dele”, detalha Juvani Cirino.

MAIS ACOLHEDORES

Quando o programa Família Acolhedora foi implantado, há quase oito anos, havia uma equipe mínima, formada por psicóloga, assistente social, um coordenador e gestores administrativos. Com o tempo, foi-se investindo na estruturação do programa dentro das determinações legais, pois a oferta desse serviço é essencial, capaz de dar um novo sentido à vida dessas crianças.

“Temos orgulho de ter dado esse passo importante para oferecer este serviço, que dá esperança às crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violação de direitos no seio familiar”, comentou o prefeito Celso Pozzobom.

A sede do programa, que sempre funcionou na rua Cambé n° 4442 (esquina com a rua Mandaguari), dentro de alguns dias vai mudar para um novo prédio, maior e melhor estruturado. “Com apoio do prefeito Celso e da secretária Dayanne, acabamos de receber mais brinquedos para a nossa brinquedoteca, que nos auxiliará ainda mais no atendimento das crianças e das famílias”, completou Juvani.

As famílias que quiserem conhecer um pouco mais sobre o ‘Família Acolhedora’ podem visitar a sede do programa de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h30, para tomar um cafezinho e tirar as dúvidas. O contato pode ser feito pelo telefone (44) 2020-0045 ou e-mail [email protected]