UMUARAMA
Vinte profissionais que atendem no Instituto de Atendimento ao Indivíduo com Transtorno do Espectro Autista (IAITea), concluíram o curso PCM (Planejamento e Controle de Manutenção), um sistema de gerenciamento de crises humanizado, que tem como foco principal capacitar psicopedagogas, nutricionistas, psicólogas, fonoaudiólogas, psicomotricistas, terapeutas ocupacionais e administrativos para que possam agir corretamente em situações em que indivíduos atendidos possam apresentar perigo para si ou para o próximo, tudo sendo feito da forma mais criteriosa possível, sem machucá-los.
O curso, com duração de três dias, contabilizando um total de 21 horas presenciais e quatro horas on-line, foi ministrado nos dias 29, 30 e 31 de outubro na Sede da Universidade Paranaense (Unipar), com início às 9h e término às 17h, sob o comando dos instrutores Catia Michele dos Santos Martini e Filipe Silva Costa, do Centro Maringaense de Desenvolvimento Infantil (Cemadi). “A primeira turma capacitou 20 profissionais e agora, em novembro, faremos para mais 20, desta forma nossos 40 especialistas terão em mãos a certificação de que farão corretamente o PCM, que vem do inglês Professional Crisis Management, ou gerenciamento profissional (ou humanizado) de crises. O cuidado da Secretaria Municipal de Saúde é para preservar a dignidade do aprendiz e reduzir qualquer dano físico ou mental tanto para o profissional como para a pessoa em crise”, detalha o secretário Edson dos Santos Souza.
Já a coordenadora do IAITea, Renata Ortiz, explica que a abordagem correta para intervir em situações de crise favorece a prevenção e o bem-estar do aprendiz. “Unindo o campo do Posicionamento Natural do Corpo com a Ciência Comportamental, a formação capacita os profissionais para todos os estágios da crise, desde a prevenção até a diminuição dos episódios, dando subsídios aos profissionais de equipe técnica e clínicos para avaliar e programar intervenções para comportamentos-problema nos espaços de saúde e educação”, observa.
Durante as aulas presenciais, os participantes passaram por aulas teóricas e práticas, realizando, por exemplo, no mínimo 30 repetições de cada procedimento de imobilização pronada. “Significa ficar sobre os joelhos e levantar, levantar e ajoelhar mais de 90 vezes em um dia de treino. Os profissionais também passam por capacitação para que fiquem aptos a distinguir os tipos de comportamentos-problema. No último dia do curso todos realizam provas teóricas e práticas”, especifica Catia Michele dos Santos Martini, supervisora prestadora de serviços qualificados para o autismo do Cemadi.