Literatura
Por mais de três anos observando o cotidiano das relações e dessa analise buscando um desenvolvimento moral e ético, o professor umuaramense Bruno Guilherme de Castro Oliveira, coordenador do Centro de Projetos Empresariais da Unipar – MultiCampi, escreveu ensaios – com o olhar dos ensinamentos maçônicos – que leva o leitor a provocação pessoal e social, visando mudanças internas. O livro “Retalhos Maçônicos: Estudos e reflexões do Maçom contemporâneo” está sendo vendido na Amazon em formato eBook.
Além das atividades profissionais, Bruno Oliveira ingressou na Maçonaria em 2012 e ao longo do tempo construiu uma jornada dentro da instituição. “A Maçonaria é uma instituição de instrução de moralidade e bons costumes, baseada em ensinamentos graduais. Não é perfeita, pois é composta de seres humanos factíveis ao erro, mas diz que quando um maçom erra, ele erra tentando melhorar”, explicou.
Ainda conforme o escritor e mestre maçom, como em toda instituição ele percebeu a carência de obras com refleções profundas e que levasse ao pensar e refletir sobre o desenvolvimento humano. “Temos muitos livros com a parte histórica da ordem e algumas reflexões, mas sobre normas de condutas. Os ensinamentos profundos estão em obras antigas, porém, muito difíceis de se encontrar”, ressaltou.
Desta forma, Oliveira começou a escrever textos, muitas vezes de situações do cotidiano, mas sob o olhar dos ensinamentos maçônicos visando tais reflexões. “Por três anos e meio eu chegava em casa e escrevia um texto. A maioria dos ensinamentos têm analogias com temas de ciências básicas, como Dialética, Retórica, Matemática, Geometria e Filosofia”, disse.
A obra, com 300 páginas, conta com textos independentes entre si, mas que levam a introspecção e ao pensamento, além de alçar críticas aos próprios maçons. Já no primeiro texto o escritor faz uma pergunta: “O que faz ele maçom, além dos ornamentos que usa?” A resposta, somente a reflexão individual, poderá responder.
“A sociedade perdeu naturalmente o hábito de leitura, temos poucas publicações, pois as pessoas querem informações prontas e acabam deixando de pensar. Refletir, estudar, ler, escrever dói pois a pessoa precisa sair da zona de conforto, mas é dessa forma que melhoramos a cada dia”, enfatizou o escritor.
Bruno Oliveira ressaltou que “Retalhos Maçônicos: Estudos e reflexões do Maçom contemporâneo” é um livro para todos.
Apesar do tema central ser a Maçonaria, as reflexões dos textos são contemporâneas, sociais, politicas e filosóficas e podem ser feitas por todos. “A pessoa que ler o livro, no mínimo, vai sair melhor ou incomodada”, provocou o professor.
“Contém analogias, por exemplo: como relacionamos gestão e artes? Ao longo do tempo perdemos a capacidade de analisar a estética artística, pois tivemos um declínio na educação que retirou essa capacidade de ler as perspectivas. Antes conseguíamos desenvolver o interno olhando um quadro, hoje apenas observamos se é bonito ou feio”, exclamou.
Mesmo liberado para vendas no site da Amazon, o escritor pretende realizar lançamento do livro em Umuarama. A ideia é que a venda realizada no dia será totalmente revertida para o Hospital Uopeccan e 50% das demais vendas também serão destinadas ao hospital, que atende pacientes com câncer.
Um livro provocante, que traz reflexões aguçadas sobre a atividade do maçom na sociedade. Esse livro apresenta textos e reflexões maçônicas. A filosofia já cuida da mente. A ordem criada por Baden-Powell, das medalhas que usa sobre vosso peito que me lembram mais escoteiros que qualquer outra coisa. Os Clubes de serviço, da caridade. A política dos cursos das nações. O que resta a você como maçom? O quê foi construído desde que iniciaste, além da evolução oriunda de qualquer ser humano que tem consciência cívica de melhorar a cada dia? Os ritos e rituais em seu cerne almejavam ser o método do obreiro. E hoje se resume a ser discutido em termos e posições geográficas ou disposição de artefatos, perdendo- se a essência e finalidade de sua existência. Ou você acredita que foram criados para serem manuais de procedimentos simplistas? Aos outros, a tolerância de serem como quiserem. A nós, a obrigação de sermos cada dias melhores.