Safra 2019/2020
Com estimativa de produção de 627 mil toneladas de soja, as primeiras áreas plantadas da cultura começam a ser colhidas no Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento de Umuarama (SEAB). Mesmo com os problemas de seca no início do plantio, alguns produtores estão colhendo cerca de 160 sacas por alqueire.
Este é o caso de Laurindo Sabatini, que junto com a família, plantou 280 alqueires de soja no município de Mariluz. Nos primeiros 90 alqueires colhidos, na última semana, Sabatini vem seguindo uma média de 160 sacas por alqueires. “Começamos o plantio no dia 22 de setembro. Tivemos problemas de seca, mas como fazemos uma planta caprichada, tudo na tecnologia de doze a treze sementes por metro, estamos conseguindo ótimos resultados”, explicou.
André Luiz Sabatini, filho de Laurindo, comanda uma das colheitadeiras da família e segundo o produtor, a expectativa é muito boa em relação ao resto da plantação. “Após duas semanas de seca chegou uma chuva para terminar a planta. Já estamos pensando na próxima safra, onde vamos fazer tudo certinho para ter uma ótima produção. Expectativa na lavoura de soja é boa”, disse.
Segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural da Regional de Umuarama (Deral), Antônio Carlos Fávaro, o plantio de soja vem aumentando na região de Umuarama e isso é fruto das condições de produção. “A produtividade está boa e a rentabilidade também. A tendência é ter mais soja do que tinha no passado, isso graças a tecnologia da soja de várias floradas e o trabalho de investimento na produção de agricultores e cooperativas”, ressaltou.
Com uma cooperativa instalada na cidade, Laurindo conta que o apoio do grupo é fundamental para uma melhor qualidade de produção. “Tem a orientação e o apoio, que traz tecnologia e assistência técnica. Isso acaba encurtando a informação e chegamos a um resultado mais rápido. A cooperativa está dentro da nossa cidade e isso facilita essa conversa com os técnicos” ressaltou.
Mesmo com os intemperes de tempo e solo, Fávaro vê a soja entrando em municípios da região do Arenito Caiuá, onde eram dominados pela cana-de-açúcar, como Umuarama, Maria Helena, Iporá e Perobal. O agrônomo ressalta a profissionalização dos agricultores no manejo de solo e da cultura. “Temos um ponto gravíssimo na região, a falta de matéria orgânica no arenito. Porém existem saídas para isso e alguns produtores já descobriram, como a de adubação verde. Sendo aveia, pasto, capim ou nabo forrageiro existem opções para a produção de matéria orgânica no solo e aumentar a umidade e a fertilidade, mas nem sempre são usadas”, noticiou.