VBP
O Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), liberou o levantamento do Valor Bruto da Produção (VBP) da safra 2020/2021. O documento traz os valores da produção dos 24 municípios da regional de Umuarama e revela um crescimento na produção de 31% em relação ao ano anterior.
O valor bruto da produção regional da safra 2020/2021 alcançou a cifra de R$ 6.4 bilhões e entre as principais atividades estão os setores dos bovinos com R$ 1.9 bilhões; grãos (soja, milho, arroz) R$ 1.8 bilhões; aves (frango de corte e frango recria para engorda) R$ 1 bilhão; mandioca R$ 515 milhões; leite R$ 338 milhões e cana-de-açúcar R$ 255 milhões.
Conforme o engenheiro agrônomo do Deral, Antonio Carlos Fávaro, os valores destacam para a pecuária bovina de corte, que contribuiu com 29,8% do VBP. Somando com a produção de leite a porcentagem sobe para 35,12% de toda a produção regional.
Estas atividades (pecuária de corte e leite) ocupam uma área de pastagens de aproximadamente 414.000 ha, 47,8% da área agricultável nos 21 municípios da região, sendo a principal atividade em 11 municípios
Mesmo com a agropecuária se destacando em valores, Fávaro faz outra leitura dos números do VBP. Segundo ele, o levantamento mostra a pecuária de corte como a que mais cresceu (29,85%) em relação à última safra. Porém, os números revelam uma diversidade de culturas que englobam a soja, frango, mandioca e milho.
“Na região Noroeste essa diversidade da pecuária de corte, leite, soja, frango, mandioca e o milho fecham um bom ciclo. As atividades descritas se complementam, pois além da produção de frango para abate, os aviários produzem a cama de frango que é uma adubação orgânica necessária para o solo da região. Já a mandioca vai bem na reforma de pastagem e entra também a diversidade da soja e do milho, como integração lavoura pecuária. Esse cenário dá sustentação para o desenvolvimento econômico da região”, explicou
Na visão do agrônomo Fávaro, a regional de Umuarama caminha em passos lentos, pois os números de produção poderiam ser maiores. Mesmo assim, o entrevistado conclui que o agronegócio regional está no caminho certo, pois vem criando uma integração importante nas atividades que estão se desenvolvendo. “Pode e deveria crescer bem mais, se a produção fosse focada na produtividade com tecnologia e assistência, sem a necessidade de crescimento de área. Podemos produzir mais, com a mesma área”, enfatizou.
