Paixão Nacional
Cidade polo de Entre Rios, região com população estimada de 410 mil habitantes, Umuarama esbanja potencialidades turísticas e entre essas estão os cervejeiros artesanais. Conforme dados locais da Concerva (Confraria dos Cervejeiros Artesanais), são mais de 30 cervejeiros associados, além dos que estão espalhados pela cidade produzindo sua própria bebida na cozinha de casa.
Cervejeira de primeira ordem, a umuaramense Maria da Hora, que é sommelière de cerveja, colunista no site Cerveja em Foco e presidente da Concerva, falou ao jornal Umuarama Ilustrado sobre o mercado cervejeiro artesanal de Umuarama e como vem evoluindo a cada dia, impulsionado pelo movimento dos cervejeiros caseiros. “Por volta de 2015 esse pessoal que começou a produzir cerveja em casa deu o ponta pé inicial e desde então muitas conquistas surgiram”, disse.
Neste movimento, hoje Umuarama conta com três cervejarias (7 Palmos, Divino Malte e Foxy), além dessas cervejarias com bares anexo, a população têm a opção de degustar alguns estilos da Cervejaria Bantus (cigana) que é servida aos sábados na Feira Faísca.
Dessa paixão que cresce a cada dia, algumas cervejas produzidas na Capital da Amizade já foram premiadas em concursos de renome, como a Divino Malte que teve suas cervejas premiadas no Concurso Brasileiro de Cervejas em Blumenau, também os cervejeiros caseiros Edmilson Coelho e Ricardo Greganini (marca Sbornia) que conquistaram prêmios com suas cervejas em concurso de Maringá. Em 2021, a cervejaria 7 Palmos fez uma cerveja (estilo Catharina Sour) colaborativa com uma cervejaria de Curitiba e fez muito sucesso por ter unido insumos que causam uma certa curiosidade nas pessoas, como pêssego, bolacha e baunilha.
Maria também destacou o cervejeiro caseiro Max Rickli, que tem uma longa história nesse meio e é extremamente respeitado pelos iniciantes e veteranos. Max é vice-presidente da Concerva e recentemente concluiu seu doutorado em lúpulo. “Temos uma dificuldade, que é a compra de insumos, principalmente o lúpulo que é 100% importado. No estudo que realizei identificamos que é possível produzir lúpulo em Umuarama, porém é cedo afirmar que a cultura tem potencial”, explicou Rickli.
Para quem nunca tomou cerveja artesanal o primeiro gole, dependendo do estilo da cerveja, é marcante, pois sabores e aromas exalam da bebida, diferente das industrializadas. Por isso Max Rickli define a bebida como algo que trabalha a felicidade interna por meio dos sentidos. “Cerveja é uma bebida para ser apreciada com outras pessoas e desse encontro surgem as conversas e as amizades. Uma coisa que a cerveja artesanal proporciona e a industrial não é trabalhar os cinco sentidos por meio dos aromas, dos sabores, coloração e densidade. Tudo isso trabalha o mental, pois fica aquela memória de algo bom, algo que vai trazer boas recordações”, noticiou.
A Prefeitura de Maringá finaliza os preparativos da Semana do Turismo que será realizada em junho naquela cidade. A equipe da Diretoria de Turismo, da Secretaria de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação (Siacom), trabalha no roteiro das atividades do evento que apresentará as cervejarias artesanais maringaenses como rota turística. Será o começo de um trabalho para consolidar a Rota das Cervejas de Maringá, relacionando economia, turismo, gastronomia e lazer. O planejamento prevê um festival de cervejas artesanais em setembro.
A presidente da Concerva, Maria da Hora, deixou o convite para quem quiser participar do grupo de whatsApp ou até mesmo conhecer um pouco mais sobre o meio cervejeiro (produção, estilos, harmonizações, eventos, cursos, bate papo, etc). “É um convite especial em meu nome e em nome da Isabel Caetano, secretária da Concerva, principalmente as mulheres, pois precisamos de vocês em nosso meio”, finalizou.
