Coronavírus
A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou no dia 27 de março de 2020 o primeiro caso positivo de covid-19 em Umuarama. Daquela sexta-feira, em que tudo se resumia em medo, se passaram 730 dias e com a chegada da vacina a comunidade umuaramense vive hoje certa tranquilidade, em relação ao vírus que matou 339 umuaramenses.
O primeiro caso confirmado em Umuarama foi um homem de 30 anos e que contraiu a doença em uma viagem ao exterior, na qual passou pelos Estados Unidos, México e Paraguai. O caso do rapaz foi diagnosticado, pois estava dentro do protocolo de exames para pessoas que viajaram para fora do país. Na época, em entrevista ao jornal Umuarama Ilustrado, o rapaz ressaltou que não teve sintomas fortes, além de diarreia.
Após a confirmação do primeiro caso, Umuarama viu a doença propagar pelo município e medidas restritivas foram adotas, situação que chegou a frear o crescimento dos casos positivos por certo tempo, mas no dia 29 de abril de 2020 foi registrada a primeira morte associada a covid-19 na Capital da Amizade. A vítima foi uma mulher de 61 anos e teria passado cerca de 30 dias em São Paulo, cuidando da mãe.
Vários nomes conhecidos e não conhecidos foram levados pela covid-19, que não poupou crianças nem idosos. Entre o mês de maio e agosto de 2021 foram registradas 140 mortes por covid-19 em Umuarama. Neste período os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam lotados em praticamente todas as regionais, além da falta de médicos e medicamentos.
Mesmo com a dificuldade para o avião pousar, devido as condições climáticas, as 3.120 doses do imunizante CoronaVac destinadas para a 12ª Regional de Saúde chegaram em Umuarama na terça-feira (19) de janeiro de 2021. No mesmo dia a Secretaria de Saúde de Umuarama junto com a Regional de Saúde realizaram a abertura da campanha de vacinação, às 19h, com a imunização de seis profissionais da saúde.
A primeira umuaramense a receber a vacina – produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan – foi a servidora pública, a técnica de enfermagem Maria da Glória de Souza, a Glorinha, por ser a profissional de saúde com maior idade do município. Ela atua na Unidade Básica de Saúde do Ouro Branco e é servidora do Município desde o ano 2.000.
Em maio de 2021 Umuarama já contava mais de 20 mil pessoas dos grupos prioritários vacinadas com a primeira dose do da vacina contra o coronavírus em Umuarama e 12 mil com segunda dose e foi quando os números da covid-19 em Umuarama começaram a mudar. Mortes relacionadas com idosos acima de 60 caíram drasticamente.
Mesmo com a chegada da variante Ômicron e com casos de covid-19 explodindo no mês de fevereiro de 2022 em Umuarama – alguns boletins municipais chegaram a registrar números de positivados superior a 600 pessoas – especialistas ressaltaram que as vacinas realizaram seus propósitos. Os números de mortes caíram, como também, dos internados com sintomas graves e leves.
O boletim da última sexta-feira (25) trouxe a informação mais de 36 mil pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus em Umuarama desde o início da pandemia. Deste total são mais 35 mil recuperados e com 339 de óbitos contabilizados neste período.
Neste cenário de paz em que a comunidade volta a rotina de antes da pandemia, especialistas trazem um alerta para os sintomas pós-covid-19. “Agora que estamos vendo o que o coronavírus tem causado a longo prazo. Desde sintomas que demoram mais para passar, que a gente chama de Covid longa até um problema não só respiratório. Ele tende a levar problemas sistêmicos que podem causar, inclusive alterações mentais, e isso a gente ainda vai ver mais no futuro” O infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Rodrigo Molina, disse à CNN.
A Secretaria Municipal de Saúde acompanha um cenário de pessoas com sequelas pós-covid entre os sintomas falta de ar, dificuldade de locomoção, perda de memória e outras sequelas. No dia 23 de fevereiro foi informado que o município está idealizando a Academia da Saúde, que está sendo reformada para se transformar em um centro de referência em atenção ao pós-covid. Os atendimentos podem iniciar no próximo mês.