Umuarama

Alerta

Prevenção ao suicídio parte de escutar quem está pedindo ajuda

01/04/2019 08H37

suicidio-umuaramaA população de Umuarama e região está alarmada com o número de suicídios registrados desde o início de 2019. Em Umuarama foram cinco casos, todos registrados no mês de março. Na região são sete ocorrências. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a prevenção parte de todos os setores da sociedade com união e a valorização da vida.

Em Umuarama, conforme a coordenadora de Saúde Mental e psicóloga, Cátia Faquinete, existem caminhos de apoio e atendimento paras pessoas, como o Centro de Valorização a Vida, que atende pelo telefone 188 as 24 horas e todos os dias da semana. As Unidades Básicas de Saúde, Pronto Atendimento, Serviço de Atendimento Psicológico e Centro de Atenção Psicossocial II também são pontos de referência no município para levar cuidados, atendimento, orientação e uma palavra amiga.

SINAIS

Ainda segundo a coordenadora Cátia, a maioria das pessoas com ideias de morte comunica seus pensamentos e intenções suicidas. “Frequentemente as pessoas dão sinais e fazem comentários sobre querer morrer, sentimento de não valer nada. Quem está próximo, precisa ficar atento e buscar ajuda”, ressaltou.

Neste cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a International Association for Suicide Prevention (IAPS) instituíram o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Conforme a OMS, o suicídio é um problema de saúde público e cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda.

Desta forma, a prevenção se faz necessário compromisso dos governos para implementação de ações coordenadas, como também, ações preventivas na família, escola e meios de comunicação.

BOLETIM DE 2018

Em 2018, o Ministério da Saúde lançou uma agenda estratégica para reduzir 10% dos óbitos por suicídio até 2020. Entre as ações, destacam-se a capacitação de profissionais, orientação para a população e jornalistas, a expansão da rede de assistência em saúde mental nas áreas de maior risco e o monitoramento anual dos casos no país e a criação de um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.

Ministério da Saúde o diagnóstico registrou entre 2011 e 2016, 62.804 mortes por suicídio, a maioria (62%) por enforcamento. Os homens concretizaram o ato mais do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados.

Os solteiros, viúvos e divorciados, foram os que mais morreram por suicídio (60,4%). Na comparação entre raça/cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que o registrado entre os brancos (5,9) e negros (4,7).

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é maior entre os homens, cuja taxa é de 9 mortes por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o índice é quase quatro vezes menor (2,4 por 100 mil). Na população indígena, a faixa etária de 10 a 19 anos concentra 44,8% dos óbitos.

O documento apresenta ainda que, entre os anos de 2011 e 2016, ocorreram 48.204 tentativas de suicídio. Ao contrário da mortalidade, foram as mulheres que atentaram mais contra própria vida, 69% do total registrado.