EM CAMPO MOURÃO
A Polícia Civil prendeu mais uma pessoa com suspeita de envolvimento no desaparecimento do casal de Goioerê Kawane Cleve, 23 anos e Rubens Biguetti Júnior, 29 anos. A ação foi durante o fim de semana e o homem de 23 anos foi encontrado em uma casa na rua Santa Cruz, em Campo Mourão.
Com isso sobe para cinco o número total de pessoas detidas até o momento com suspeita de envolvimento no crime. Três – sendo dois homens e uma mulher – estão recolhidos nas cadeias de Umuarama e Goioerê por força de mandados de prisão temporária dentro do inquérito que apura o desaparecimento e possível execução do casal. “Esses três temos o envolvimento confirmado”, afirmou nesta segunda-feira (21) o delegado encarregado do caso, Adaílton Ribeiro Júnior.
O policial ainda esclareceu que a prisão dos outros dois homens – em Campo Mourão e em Tapejara – foram por força de mandados de prisão expedidos em outros inquéritos. O preso em Campo Mourão tinha 4 mandados em aberto, sendo 3 por roubo e um por receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. O detido de 32 anos, em Tapejara, responde por furto. “Por enquanto eles são apenas investigados e foram presos por crimes investigados em outros inquéritos”, esclareceu Ribeiro.
Na casa onde o homem de 32 anos foi preso em Tapejara a Polícia Civil ainda encontrou joias e objetos que a família do casal reconheceu como sendo de Kawane. De acordo com o delegado, o suspeito confessou o arrombamento e furto a residência do casal ocorrida dois dias após Kawane e Rubens desapareceram na noite do dia 03 de agosto último.
Na semana passada em entrevista a Ilustrado, a irmã de Rubens, Alexandra Biguetti chegou a afirmar que quando seu sobrinho foi encontrado abandonado na calçada na rua do Contorno, no Jardim Curitiba, em Goioerê, a família soube que Rubens e Kawane não voltariam.
O que era receio se agravou quando na manhã seguinte quando o carro deles, um Honda Civic, foi encontrado totalmente carbonizado na área rural de Moreira Sales, município distante 25 km. Ali começava uma busca que se estendeu por semanas e mobilizou bombeiros, policiais e voluntários. Infelizmente até o momento os corpos não foram encontrados.
A Polícia Civil não trabalha mais com a possibilidade de encontrar o casal com vida. Para chegar a essa conclusão há um conjunto de fatores como tempo de desaparecimento (48 dias), falta de movimentação nas contas bancárias e ausência de qualquer tipo de contato do casal ou de possíveis sequestradores, pedindo resgate. Além de provas já juntadas ao inquérito e que a polícia mantém em sigilo por enquanto.
Kawane Cleve é filha do juiz João Cleve Machado, morto em 2009 e que atuou durante anos em Umuarama e Altônia. Com a morte do pai ela herdou um patrimônio considerável.