EM UMUARAMA
Policiais civis prenderam na manhã desta terça-feira (02) o homem de 42 anos acusado de tentar matar a esposa, de 37 anos, no último dia 25, na Estrada Pavão, em Umuarama. Ele foi preso ao buscar socorro médico no Pronto Atendimento 24 hs. A Justiça já havia emitido um mandado de prisão contra ele, que foi recolhido a cadeia pública local. O suspeito é acusado de tentativa de feminicídio.
Segundo o superintendente da Delegacia da Mulher Rodrigo Augusto, o suspeito estava sendo procurado desde o dia do crime e na manhã desta terça-feira chegou a informação de que o homem estaria no PA. Uma equipe foi ao local e recolheu suspeito.
Ainda segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado pela insatisfação do autor com o fim do casamento de 17 anos. Na quarta-feira (25), durante uma discussão, na residência do casal, na Estrada Recando das Águas, próximo a Estrada Pavão, ele efetuou cinco disparos contra a vítima, sendo que um atingiu as costas e outro no queixo. Mesmo ferida, a mulher conseguiu buscar socorro em uma propriedade vizinha, onde a moradora acionou o Samu e a Polícia Militar.
Um dos projéteis ficou alojado no corpo da mulher, que precisou passar por cirurgia para a retirada da bala. Ela já recebeu alta do hospital Nossa Senhora Aparecida. Também já tem medida protetiva contra o ex-marido.
O inquérito policial deverá ser concluído nos próximos dias.
Dados divulgados pelo Tribunal de Justiça do Paraná apontam que 44.493 novos casos de violência doméstica foram registrados no Estado em 2022. Já segundo o Ministério Público, 274 feminicídios ou tentativas de mortes ocorreram no mesmo período. Os números revelam um aumento de 30% e, relação ao ano anterior, segundo o MP.
Quando se amplia a lupa e a avaliação passa a ser nacional, os números são ainda mais impressionantes. Levantamento do DataFolha/FBSP do projeto “Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil 4ª Edição, divulgado pelo Instituto Patrícia Galvão, aponta que 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil em 2022.
O estudo indica ainda que mais de 50% das vítimas moram em cidades do interior. Mais de 31% das entrevistadas afirmaram que o responsável pela violência mais grave sofrida nos últimos 12 meses foram seus ex-cônjuges, ex-companheiros ou ex-namorados.
