UMUARAMA
A Prefeitura, em parceria com a UEM (Universidade de Maringá), campus Umuarama, inaugurou na manhã desta terça-feira (12) o ‘Meliponário Didático’, no Bosque Uirapuru. A estação é para a criação racional de abelhas sem ferrão (ASF), com grande importância na conservação, na geração de renda e na educação. O prefeito Celso Pozzobom, acompanhado do secretário municipal de Agricultura, Waltinho Sucupira, conheceu o projeto, que tem foco socioambiental e educativo, visando a educação ambiental no Ensino Básico.
À frente da coordenação do Meliponário Didático está o professor Valdir Zucareli, que faz parte do Laboratório de Estudos em Botânica Aplicada e Sustentabilidade da UEM. “O meliponário foi instalado aqui no Bosque Uirapuru com diversas espécies de abelhas sem ferrão, sendo a mais conhecida a Jataí (Tetragonisca angustula), cujo mel é muito apreciado, mas também com espécies como as Canudo, Guaraípa, Iraí, Jandaíra, Mandoçaia, Mirim, Tubuna e Uruçu, entre outras”, detalha.
A médica-veterinária Mylena Kaori Tutida, da Secretaria Municipal de Agricultura, acrescenta que as abelhas sem ferrão contribuem na reprodução das plantas e, consequentemente, na conservação de ambientes naturais e na produção de alimentos. “Infelizmente, elas estão em sério risco de extinção por causa do desmatamento, queimadas e ação predatória do homem, sendo que algumas espécies das regiões Sul e Sudeste já desapareceram – e as espécies de plantas que dependem delas para a polinização também estão em risco”, alerta.
O diretor-geral da UEM, Andrei Felipe Gomes, destacou a parceria ‘sempre produtiva’ entre a instituição de Ensino Superior e a administração municipal. “Estamos muito felizes com mais este projeto que seguramente chega para transformar realidades, tanto na questão ambiental quanto na questão da educação de estudantes e da população em geral, que vai nos ajudar a preservar o meio ambiente. O prefeito Celso é sempre parceiro da UEM, inclusive acabou de realizar a micropavimentação asfáltica do campus de Ciências Agrárias”, comentou.
Pozzobom, por sua vez, falou sobre alguns termos da parceria, relatando que a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, contribuiu com o projeto disponibilizando o espaço para a instalação da estação e a manutenção do local, além de mandar confeccionar os materiais de identificação das abelhas e do meliponário em si. “Também providenciamos a doação de mudas das espécies Beijinho (Impatiens walleriana) e Cambará (Lantana camara), além do trabalho e da dedicação do Waltinho Sucupira e de sua equipe de profissionais para o início das atividades”, pontuou.
Waltinho Sucupira especificou que um meliponário é uma coleção de colmeias de abelhas sem ferrão. “A criação de abelhas sem ferrão é chamada de meliponicultura, diferente da apicultura, que é a produção de mel tradicional, com abelhas com ferrão. A meliponicultura é uma atividade que tem sido praticada há séculos por povos tradicionais, principalmente na América Latina. O meliponário pode ser utilizado como laboratório de ensino e pesquisa para escolas e universidades”, definiu.
