Umuarama
Após discussões a respeito da falta de redes de tratamento de esgoto em Umuarama, a administração municipal e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) voltam a negociar o contrato de concessão de serviços de saneamento básico para o município. Desde 2005 a empresa vem trabalhando em Umuarama por meio de aditivo, tal situação promove prejuízo aos umuaramenses, segundo o prefeito Celso Pozzobom.
Em entrevista ao jornal Umuarama Ilustrado, o prefeito Celso Pozzobom ressaltou que as negociações foram retomadas nesta semana, após a troca da coordenadoria local da Sanepar e também de sua ida para Curitiba, onde conversou com a diretoria de empresa. “As conversas iniciaram e dentro deste cenário precisamos traçar um plano de trabalho com a empresa para sanar os problemas de Umuarama. Esse é o tom das negociações”, ressaltou.
Conforme o prefeito, um dos pontos a serem firmados entre município e Sanepar é um plano de trabalho para sanar os gargalos envolvendo a rede coletora de esgoto de Umuarama. “Temos feito tratativa com a diretoria de Curitiba que vem se mostrando empenhada. Nessa negociação temos que traçar um plano de trabalho para acabar com os estrangulamentos da rede de esgoto que temos na cidade e levar melhorias para os umuaramenses, como também cobrar retorno de serviços da Sanepar”, afirmou.
Por meio de nota da assessoria, a Sanepar se limitou em ressaltar que “a Sanepar e a prefeitura estão negociando a assinatura de um Contrato de Programa, com novas metas e investimentos nos sistemas de água e esgoto. Nas próximas semanas a empresa deverá apresentar uma proposta para o município”.
A vereadora Maria Ornelas lembrou que no ano de 2017 a administração municipal encaminhou uma minuta do contrato e naquele período algumas alterações foram sugeridas. “Os vereadores analisaram e estudaram algumas propostas para alteração no contrato, como aumento no valor do Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), determinação de melhorias na rede de esgoto e também na rede de distribuição, entre outras”, lembrou.
Ainda segundo a vereadora, como 2017 foi um período de eleições e troca de governo, as discussões foram pausadas. “É um assunto muito delicado, pois a água é um bem do ser humano e todos [vereadores e prefeito] temos que trabalhar com muita responsabilidade nesta hora. Não podemos perder a qualidade e os investimentos que temos. O foco é uma negociação para melhorar e visar o que precisamos. Tem que ser com muita responsabilidade e não fazer do contrato um palco político”, alertou.
Para o vereador Mateus Barreto, é precisa buscar um equilíbrio no contrato, pois a população não pode sair perdendo. “A empresa precisa ganhar, mas a população também. É precisa observar a questão de aumentos abusivos, como os 12% entre outros itens do documento. Queremos uma tarifa condizendo com o serviço e o cenário econômico do município. É um serviço essencial e público, desta forma nada mais correto que uma tarifa acessível para todos”, explicou.
O prefeito Celso Pozzobom ainda ressaltou que sem um contrato visando melhorias, a população de Umuarama vem perdendo em serviços e o município em verba. “Desde 2005, quando contrato venceu, a estimativa inicial é que a Umuarama deixou de arrecadar R$ 8 milhões só com repasse ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. Além da infraestrutura, pois hoje temos mais de 20 bairros e loteamentos com rede de esgoto instalada, mas não em funcionamento, por falta de construção de elevatórias”, finalizou.
