Representantes do setor de bares, restaurantes e lanchonetes de Umuarama – com a atividade parcialmente paralisada desde que foi decretada situação de emergência no município, em virtude da pandemia de coronavírus – solicitaram ao prefeito Celso Pozzobom, em reunião nesta quinta-feira, 16, avaliar a possibilidade liberar o atendimento ao público.
Embora sensível à solicitação, que tem sido feita por outros setores na mesma situação – que envolvem aglomeração e contato próximo de grande número de pessoas – o prefeito tem manifestado preocupação com o aumento da circulação de pessoas na cidade e reforçado as medidas preventivas, no enfrentamento à infecção humana pelo vírus.
“O momento é crucial na batalha contra a Covid-19. Se afrouxarmos muito agora, poderemos ter efeitos devastadores nas próximas semanas”, alertou Pozzobom. O prefeito lembrou que além da preocupação, existe ainda questionamento jurídico sobre o decreto 082/2020, que liberou o funcionamento de alguns setores da economia, com uma série de cuidados para trabalhadores e consumidores.
O decreto é alvo de uma ação conjunta movida pelas Defensorias Públicas da União e do Estado, que está pedindo o fechamento imediato do comércio. “Antes de qualquer definição, precisamos saber que direção a Justiça vai tomar. Ainda corremos o risco de, por determinação legal, ter de fechar tudo novamente e permitir apenas as atividades essenciais. Até esta questão legal estar definida, não podemos discutir mais concessões. Precisamos aguardar o posicionamento da Justiça”, completou o prefeito.
Na estratégia desenvolvida para conter o avanço da pandemia, cada passo é definido após avaliações técnicas multidisciplinares, levando-se em conta a evolução dos casos na cidade, o ponto de vista médico, as recomendações dos organismos de saúde do Estado e do país e os apontamentos feitos pelo Centro de Operações de Enfrentamento ao Novo Coronavírus (COE) do município, com a preocupação de proteger a saúde da população respeitando a razoabilidade.
O comércio, a indústria e a prestação de serviços estão liberados com restrições que objetivam preservar a saúde dos funcionários, da clientela e da população em geral. Permanecem proibidas reuniões e eventos em ambientes públicos ou privados, associações, eventos festivos, encontros e reuniões em condomínios, celebrações e demais eventos religiosos presenciais, filosóficos, sociais e associativos, bem como feiras culturais e temáticas.
Estão fechadas, ainda, as casas de espetáculos, teatros, exposições de arte, bibliotecas, salões de festas e casas noturnas, boates, casas de shows, estádios e ginásios de esportes, cinemas, tabacarias, clubes recreativos, clubes de associações e de pesca, spas e saunas, academias de artes marciais, piscinas, parques e exposições agropecuárias e de recreações, praças (para eventos), bares e botecos. Restaurantes e lanchonetes podem funcionar por delivery (entrega domiciliar) e retirada no local.
