Umuarama

Mercado

Preço do feijão nos supermercados dispara e pode continuar a subir

08/02/2019 11H31

feijão-umuarama

Os umuaramenses acostumados a comer feijão todos os dias se surpreenderam com o preço do produto nos mercados e feiras da cidade. Em relação a última pesquisa do Procon, no mês de janeiro, o preço do quilo do tradicional feijão-carioquinha subiu 88%. Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretária de Agricultura e Abastecimento (SEAB), a redução de área plantada e o clima estão influenciando na alta.

Ainda é possível encontrar, em Umuarama, o feijão-carioca por R$ 4,69 o quilo. Entretanto, os valores com maior incidência nos mercados da cidade ficam entre R$ 8,49 e R$ 8,98 o quilo. Nas feiras do produtor, o alimento está sendo vendido em média por R$ 6,00/Kg. Se comparado ao preço médio da última pesquisa do Procon (9 a 11 de janeiro) com o maior valor praticado hoje, o preço do quilo do feijão apresenta 88% de reajuste.

Para tentar driblar os valores, Rosana Cavalcante está o optando pelo feijão-preto, que ainda segue na casa dos R$ 4 o quilo. Conforme a entrevistada, variar o cardápio também é outra opção para quem não quer pagar quase R$ 9 no quilo do feijão-carioquinha. “Meu esposo não gosta muito de ficar sem feijão. Mas acredito que o consumidor também deve agir para regular os preços praticados no mercado. Por isso estamos diversificando”, disse.

No relatório do Deral, a colheita da 1a safra 2018/19 de feijão do Paraná atinge 94% da área cultivada de 162,306 mil hectares, que deve ficar 16% abaixo dos 193,595 mil hectares cultivados na safra 2017/18. As condições das lavouras se dividem entre boas (69%), médias (23%) e ruins (8%).

FRIO E CALOR

Conforme o setor, o frio no início do plantio e o calor intenso de dezembro prejudicaram a safra. Outros fatores, como a redução de área plantada e a baixa produtividade estimada, 9% abaixo dos 1.763 quilos registrados na última safra, prejudicam o setor do feijão no Paraná. Tal situação deve elevar ainda mais o preço do feijão, uma vez que revendedores precisam importar o produto.

Comercialização

No segundo semestre de janeiro, o feijão-carioca atingiu o pico de preços em quase dois anos e, de acordo com dados do Instituto Brasileiro do Feijão, foram registrados negócios acima de R$ 300 a saca. No feijão-preto o cenário também é de alta. Em janeiro do ano passado o preço médio da saca estava em R$ 142,95 e já chegou a ser cotada a R$ 210.