XAMBRÊ
Um caso atípico aconteceu durante um velório na tarde de segunda-feira (17), em Xambrê, a 18 km de Umuarama.
A pedido da família, a Polícia Civil interrompeu a cerimônia que acontecia na Capela Mortuária Municipal e levou o corpo de Valdecir Buzato, 37 anos, para ser necropsiado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama. O velório será retomado apenas após a liberação pelo órgão. O laudo deve sair em até 30 dias.
Um pouco antes, um irmão de Valdecir, Antônio Carlos dos Santos Buzato, 41 anos, o ‘Ninão’ registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia alegando negligência no atendimento a Valdecir no Pronto Atendimento local.
“Como surgiu essa dúvida por parte da família, achei mais prudente encaminhar o corpo para exames. Assim não fica dúvida para ninguém. Vamos aguardar o laudo do IML”, afirmou o delegado de Xambrê, Valdir Balan.
O secretário de Saúde, Altair Rosa, rebateu a acusação e afirmou que todo o procedimento médico indicado foi aplicado no atendimento de Valdecir durante dois dias.
No documento de óbito, consta que Valdecir morreu em virtude de uma parada cardio respiratória. “Em nenhum momento houve qualquer forma de negligência no atendimento ao paciente”, salientou Altair Rosa.
Segundo a alegação de Antônio Carlos Buzato, na noite de domingo (16) ele e o filho encontraram Valdecir na Estação Rodoviária sentado em um banco. “Estava chovendo. Ele (Valdedir) estava com dor e vomitando. Chamei o carro para vir buscar ele”, afirmou.
Segundo o o secretário de Saúde, assim que o Pronto Atendimento foi informado da situação de Valdecir, uma ambulância foi até a rodoviária e o levou para ser atendido. “Temos o horário. Eram 19h10. Ele chegou molhado, alcoolizado e com vômito. Ele foi hidratado e ficou em observação. Também foi providenciada uma muda de roupa para ele. Quando melhorou, foi liberado e a ambulância o levou para casa”, explicou Altair Rosa.
No início da manhã de segunda-feira (17) familiares buscaram novamente atendimento médico para Valdedir. “Ele chegou em aparente crise convulsiva e o médico fez o atendimento, o medicou e estávamos preparando a transferência para Umuarama quando houve a parada cardíaca. Foi realizado todo o protocolo de reanimação que durou 40 minutos. Infelizmente o paciente veio a óbito”, explicou Rosa.
Ainda segundo o secretário, durante o atendimento o médico já havia feito o encaminhamento do paciente para ser atendido por dois especialistas: um psiquiatra e um gastroenterologista. “Todos os procedimentos e protocolos foram atendidos. A alegação de negligência é infundado”, finalizou o secretário de Saúde de Xambrê.
