OPERAÇÃO
A Polícia Ambiental de Umuarama realizou uma operação nesta quarta-feira (2) que resultou na apreensão de uma grande quantidade de madeira nativa proveniente de desmatamento ilegal nos municípios de Maria Helena e Ivaté. A ação ocorreu após uma denúncia anônima que relatava o desmatamento e processamento irregular de madeira em propriedades rurais.
De acordo com as informações recebidas, o proprietário de uma fazenda em Maria Helena estaria realizando a supressão de vegetação nativa, serrando as toras e convertendo-as em madeira processada. O objetivo seria transportar o material para outra propriedade em Ivaté, também de sua posse, a fim de ocultar o crime e fazer uso posterior da madeira.
Apreensão e investigação
No primeiro local vistoriado, em Maria Helena, os policiais encontraram madeira nativa da espécie Peroba já serrada em tábuas e vigas. Além disso, havia cascas de árvore e pó de serra espalhados pelo chão, indicando que o material havia sido processado recentemente. Vestígios de terra mexida por maquinário sugeriam que os responsáveis tentaram esconder os resíduos, enterrando-os. Embora os equipamentos não estivessem mais presentes, rastros de caminhões indicavam que parte da madeira já poderia ter sido removida.
Diante das evidências, a equipe realizou a apreensão imediata da madeira encontrada no local e se dirigiu à segunda fazenda, em Ivaté, conforme indicado na denúncia. Lá, foi encontrada uma quantidade ainda maior de madeira nativa serrada, incluindo vigas, ripas, caibros e dormentes das espécies Peroba, Ipê e Canafístula. O caseiro da propriedade informou que a madeira pertencia ao proprietário, que será identificado e autuado.
Operação em andamento
A prioridade da operação no momento é a apreensão e transporte de toda a madeira recolhida nas duas propriedades. Para isso, a Polícia Ambiental conta com o apoio do caminhão guincho do 25º BPM e de um caminhão cedido por um empresário da região. A madeira apreendida será levada para a sede do 2º Pelotão de Polícia Ambiental, em Umuarama, onde será contabilizada e a quantidade determinará o valor das multas ambientais a serem aplicadas.
Os responsáveis responderão por crimes ambientais e serão autuados administrativamente, conforme previsto na legislação. A operação segue em andamento, e os próximos passos incluirão a identificação completa dos envolvidos e a definição das penalidades.