Inflação
No levantamento do Procon, realizados nos primeiros dias de outubro, o valor da cesta básica composta por produtos das marcas lideres apresentou aumento 3% e das marcas mais baratas 8,5%. Entretanto, no mês de setembro a pesquisa já mostrava inflação de 8% na cesta composta com os produtos de marcas lideres.
Entre os produtos alimentícios com maior elevação de preço na cesta básica – com as marcas mais baratas – está à banana com reajuste de 36 % e seguida da farinha de trigo 28% em relação a última pesquisa do mês de setembro. O preço do óleo e do arroz que vinham apresentando recorde de elevação continuaram a escalada e apresentaram elevação entre 15% no preço. A seção de higiene foi a que mais puxou a alta, sendo o papel higiênico apresentando reajuste de 28%, desodorante 52% e absorvente aderente 67%.
Nos combustíveis houve estabilidade nos preços, com exceção do diesel que teve ligeira queda e o gás de cozinha ficou 1,57% mais caro na média de preços, comparado à pesquisa anterior.
A inflação continuou, em agosto deste ano, pressionando mais o custo de vida de pessoas com renda mais baixa. Segundo o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), esse fenômeno vem ocorrendo desde março deste ano.
De acordo com o Ipea, em agosto, a inflação de famílias mais pobres (cuja renda domiciliar é menor do que R$ 900) teve variação de 0,38%, acima da taxa de 0,10% percebida pelas famílias mais ricas (com renda maior do que R$ 9 mil).
Com o resultado de agosto, a inflação no ano chega a 1,50% para famílias mais pobres, enquanto as famílias mais ricas têm uma deflação (queda de preços) acumulada de 0,07%. Em 12 meses, o acumulado para famílias mais pobres é de 3,20%, mais do que o dobro (1,54%) das famílias mais ricas.
O Ipea constatou que o grupo de despesas que está mais pressionando a inflação é o de alimentos no domicílio, que formam o gasto com maior peso na cesta de consumo das famílias mais pobres, e que subiram 0,78% no mês. No ano, alimentos importantes para os brasileiros acumulam altas de preços: arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%) e ovos (7,1%).