REFORÇO NA SEGURANÇA
O 2º Pelotão da 2º Companhia do Batalhão de Polícia de Fronteira de Umuarama deve começar a operar até o início de janeiro. No último dia 03 a Câmara de Vereadores autorizou o Município a firmar convênio com o Estado para a instalação da unidade na cidade.
A Prefeitura vai arcar mensalmente com aluguel e despesas de água, luz e internet nos valores de até R$ 3 mil e R$ 2 mil respectivamente. A contrapartida do Estado é a instalação do Pelotão para reforçar e apoiar a segurança pública da cidade, com ênfase na nova estação rodoviária, ponto de entrada e chegada de drogas e contrabando. “Esse foi um dos pedidos feito pelo prefeito Celso Pozzobom. Para ajudarmos na segurança do local”, afirmou o tenente Namur Zandoná, que vai comandar a unidade
O imóvel já está praticamente escolhido e a equipe sendo organizada. “O policial para participar tem que ter curso de policiamento de fronteira ou cursos táticos e experiências de trabalho em grupos táticos e na fronteira, por isso, a escolha não é tão fácil”, afirmou Namur. Atualmente ele está a frente do Pelotão da Força Verde, mas o sucessor para assumir o bastão já foi definido, é o tenente Vitor Votolini, que já atuou no comando da equipe do canil do 25º BPM.
A estimativa é que neste primeiro momento pelo menos 12 pessoas devam compor a unidade do BPFron, que vai auxiliar no reforço a segurança de Umuarama. “Vamos trabalhar como apoio para as outras forças de segurança que já existem na cidade e atuarmos na ronda ostensiva”, reforçou o comandante.
O Pelotão do BPFron de Umuarama terá abrangência de 26 municípios, principalmente os que são rota por terra ou água para crimes de fronteira como contrabando, descaminho, receptação e roubo e furto de veículos. “Roubo e furto de veículos estão relacionados com os outros crimes de fronteira. É mais barato para o crime furtar ou roubar do que pegar um carro financiado que está com busca e apreensão, por exemplo, por isso é um dos crimes que damos ênfase também”, salientou Namur.
O comandante afirmou que junto com o comandante do BPFron, major André Dorecki, pretende estreitar ainda mais a parceria de trabalho já desempenhada com a Polícia Federal de Guaíra, que é uma das responsáveis por coibir crimes de fronteira, principalmente na área do rio Paraná e Lago de Itaipu.
Além do município de Umuarama e seus distritos, o 2º Pelotão de Polícia de Fronteira, atenderá os municípios de: Alto Paraíso, Alto Piquiri, Cafezal do Sul, Cruzeiro do Oeste, Cidade Gaúcha, Douradina, Esperança Nova, Ivaté, Icaraíma, Maria Helena, Mariluz, Moreira Sales, Nova Olímpia, Perobal, Perola, Querencia do Norte, Rondon, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Izabel do Ivaí, Santa Mônica, São Jorge do Patrocínio, Tapejara, Tapira, Tuneiras do oeste, Umuarama e Xambrê.
Namur Zandoná tem 39 anos de idade e 14 anos como policial militar. Filho de soldado, sempre desejou seguir o caminho do pai e para isso, ingressou como cadete da Corporação, após enfrentar a prova na Universidade Federal do Paraná.
Ainda nos primeiros anos como oficial foi recrutado pelo agora coronel da reserva Ênio Soares, para atuar na Capital da Amizade, quando o 25º BPM ainda era uma Companhia Independente. E aqui está há 12 anos. Foram dois anos na RPA (Rádio Patrulha Auto), depois por oito anos esteve a frente do grupo especializado Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), que deixou há um ano e meio para comandar o Pelotão da Força Verde.
Neste curto período promoveu mudanças na forma de atuação da Polícia Ambiental. “Por estarmos em uma região de fronteira, o policial da Força Verde se depara não apenas com crimes ambientais, mas outros tipos, como contrabando, nas rondas pelas estradas rurais e rios da região. E quando se vê um crime, um policial não pode ignorar. Tem que agir”, disse Namur.
Para facilitar o trabalho conseguiu duas embarcações, uma moto aquática, além de mais um fuzil e coletes diferenciados. “Somos uma equipe diferenciada, que passa muito tempo dentro da mata. Então os coletes precisam ser preparados para que possamos carregar tudo o que é necessário. Para abrigar um canivete e a arma, por exemplo”, explicou o militar.
Conhecido por ter um perfil de ação, disse que está mais tranquilo e maduro e faz questão de enfatizar que seu trabalho é uma coisa e suas convicções religiosas outras. Criado dentro da Congregação Assembleia de Deus, há um ano tornou-se pastor e atua no ministério de música da Igreja, desenvolvendo um trabalho com jovens e adolescentes, além de tocar saxofone. Ele é casado há 11 anos e tem um casal de filhos.