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Parque Nacional Serra da Capivara, um monumental museu a céu aberto

09/08/2021 17H01

Jornal Ilustrado - Parque Nacional Serra da Capivara, um monumental museu a céu aberto
O Parque Nacional Serra da Capivara é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral à natureza localizada nos municípios piauienses de Canto do Buriti, Coronel José Dias, São João do Piauí e São Raimundo Nonato.

Em tempos de pandemia e ainda com a necessidade de distanciamento social, programar viagens com alternativas de passeios ao ar livre é uma boa alternativa. Já ouviu falar no Parque Nacional Serra da Capivara? Se você gosta de natureza, recheada com emoção e arqueologia, então seu destino deve ser para lá. O Parque abriga os vestígios do homem mais antigo das Américas, por isso o local é conhecido como o “berço do homem americano” pela comunidade científica internacional.

A 510 quilômetros de Teresina, capital do Piauí, o Parque de 129 hectares é um monumental museu a céu aberto, com belíssimas formações rochosas, onde estão os sítios arqueológicos e paleontológicos, que testemunham a presença do homem e dos animais pré-históricos. O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A maneira mais rápida de chegar ao Parque é através de Petrolina, cidade do Estado de Pernambuco, da qual está distante 300 quilômetros. A cidade de Petrolina dispõe de um aeroporto ligando a região com Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

O Parque Nacional Serra da Capivara está preparado para receber o visitante. Conta com guaritas para a recepção dos turistas, estradas, centro de visitantes, trilhas, escadarias e passarelas que permitem, com segurança e conforto, o passeio do turista. Para conhecer o Parque, é preciso estar acompanhado de um condutor de turismo que pode ser agendado nos hotéis e nos receptivos turísticos.

O Parque é formado por um conjunto de quatro Serras: Serra da Capivara, Serra Branca, Serra Talhada e Serra Vermelha, que apresentam diferentes ambientes e paisagens onde se podem contemplar os monumentos geológicos, a fauna e a flora da caatinga.

A criação do Parque Nacional Serra Capivara teve múltiplas motivações ligadas à preservação de um meio ambiente específico e de um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos.
Em 1991 a UNESCO, pelo seu valor cultural, inscreveu o Parque Nacional na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2002 foi oficializado o pedido para que o mesmo fosse declarado Patrimônio Natural da Humanidade. Em torno do Parque foi criada uma Área de Preservação Permanente de dez quilômetros que constitui um cinto de proteção suplementar e na qual seria necessário desenvolver uma ação de extensão.

Existe quatorze circuitos compostos por várias trilhas para acessar os sítios arqueológicos e lugares de interesse natural para visitar monumentos geológicos, a paisagem, formações vegetais, aves e outros animais, sem perigo para as pinturas e para os visitantes. Certas trilhas foram utilizadas pelo homem na Pré-História, sendo comum achar abrigos pintados em ambos os lados. Do conjunto de 1.354 sítios arqueológicos cadastrados, 183 estão preparados para a visitação turística, sendo 17 deles acessíveis a pessoas com dificuldades de locomoção. Pela quantidade e variedade dos sítios, os roteiros de visitação devem ser estabelecidos com os condutores de turismo a partir do perfil do visitante e do seu tempo disponível. Há, no entanto, algumas sugestões de roteiros preestabelecidos.

E para os amantes de aventura, o Parque Nacional da Serra da Capivara é um destino imperdível. O ambiente natural também é propício à realização de esportes no entorno do Parque, desde caminhadas na caatinga, passeios de bike e outras emoções.

Um dos circuitos mais procurados é do Desfiladeiro da Capivara, um circuito com grau médio de dificuldade. Nele os visitantes podem conhecer muito das maravilhas do Parque. É um dos circuitos preferidos devido à facilidade de acesso e por oferecer ao visitante uma mostra significativa de registros rupestres, além da caminhada no fundo do vale entre os paredões rochosos e a vista panorâmica no Sítio Toca da Entrada do Baixão da Vaca. Esse circuito pode ser incrementado, com a disposição para fazer uma caminhada, mais longa, pelo alto da chapada para visitar o boqueirão dos Veadinhos Azuis ou, pela planície, o boqueirão do Paraguaio.

Outra opção é conhecer o Baixão da Pedra Furada, um circuito com diferentes graus de dificuldade, pois apresenta tanto sítios acessíveis como caminhadas para uma vista panorâmica e a subida até o Alto da Pedra Furada. É muito procurado pela importância das pesquisas, pela diversidade dos registros rupestres e pelo monumento geológico da Pedra Furada. O local conta com um Centro de Visitantes, no qual o turista dispõe de lanchonete, auditório, loja e toaletes. Com a disposição para fazer uma longa caminhada na serra, pode-se passar pelos sítios do Caldeirão dos Canoas até chegar aos sítios do Caldeirão do Rodrigues.

Interessante também é conhecer o Baixão das Mulheres. Por lá, no sítio Toca dos Coqueiros, foi descoberto um esqueleto humano cujo crânio apresenta características distintas das dos ameríndios. Esse importante achado está exposto no Museu do Homem Americano. Na Trilha Hombu, um circuito com diversos graus de dificuldade, o visitante mais aventureiro pode ainda subir por uma escada cravada em uma fenda da rocha para chegar ao topo da chapada. E ainda tem a Serra Branca, um circuito com baixo grau de dificuldade que tem grande importância pelos registros rupestres que representam cenas de caça, de guerra e do universo simbólico dos homens pré-históricos. Continuando a caminhada chega-se à Toca do Conflito, sítio onde uma cena de luta está retratada em uma pintura.

A preservação deste Parque Nacional, ímpar por sua riqueza cultural e pela natureza única de sua vegetação, não depende somente dos organismos encarregados de sua proteção. O turista também tem sua responsabilidade para permitir que esta tradição cultural que atravessou os séculos possa ser admirada pelas novas gerações.

O Centro de Visitantes do Parque é um ponto de encontro e também o ponto final de algumas trilhas, onde os visitantes podem repor as energias e encontrar com outras pessoas que estão visitando o Parque ou que nele trabalham. Os pontos de visitação no Parque Nacional são muito diversificados, como, também, os diferentes modos de acessá-los.
Gostou? Então consulte seu agente de viagens e tenha uma aventura inesquecível no Parque Nacional da Capivara, sempre respeitando as limitações atuais do momento devido à pandemia.