Dr. Eliseu Auth

10/05/2022

Os Anjinhos das ruas de Umuarama

09/05/2022 21H33

Jornal Ilustrado - Os Anjinhos das ruas de Umuarama

Eliseu Auth

Umuarama tem problemas e carece programas em vários setores, mas somos um povo que convive em mistura de raças, cores, credos, diversidade e origens. Assim tem que ser. Se a gente é ordeira, também é empreendedora. Meu olhar, se exagera em benevolência, só quer festejar o que temos de bom. Nos orgulhamos da pioneira Unipar, do Global e do Alfa que, ao lado da Uem, nos  honram como cidade universitária. Se nos dizemos “capital da amizade”, é pelo nome que significa “lugar onde os amigos se encontram”. Sabemos que a amizade não é exclusividade nossa. Amigos há em todo lugar. Também nos orgulham a Zaeli, a Guri, a Gazin, os Produtos Mimosa, Sara, nossos hospitais e nossa saúde que transcendem fronteiras, atendem o país e o Mercosul.

Mesmo correndo o risco de ser um tanto brejeiro e outro tanto piegas, quis massagear o “ego” de quem como eu e o ilustrado leitor do “Umuarama Ilustrado”, se aquerenciou por aqui e escolheu este lugar para viver. Mas, também quis chegar aos anjinhos das ruas. São uma novidade que a Dianês Piffer, então diretora da Umutrans, trouxe para educar a todos nós que andamos pelas ruas da cidade. Os radares registram a velocidade, parabenizam quem anda certo e advertem os que passam do limite, sem multá-los. São educadores como o professor que adverte o aluno sem castigá-lo. A mesma coisa faz o pai que corrige o filho que faz arte, mas não castiga pelo mal feito.

Li, no “Umuarama Ilustrado”, a reportagem da jornalista Renata, dando conta que a Prefeitura vai trocar os “anjinhos” por outros redutores de velocidade. A razão seria que muitos já não respeitam as advertências dos anjinhos. Não teriam medo porque não multam. Até entendo a intenção. Mas, vou discordar e pedir ao meu xará Elizeu Vital, hoje diretor da Umutrans que não deixe isso acontecer. Os anjinhos que fiquem nos educando. Retirá-los, seria como afastar o professor do aluno ou como tirar o pai do filho. Professor ensina e educa todos os dias. O pai faz o mesmo. Diz e repete: “Filho, toma cuidado, anda devagar”. É o que fazem os anjinhos das ruas de Umuarama.

(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).