OPERAÇÃO ÁGORA
Nesta quarta-feira (24), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Ágora com o objetivo de reprimir crimes relacionados à lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral, corrupção eleitoral e furto qualificado. A ação foi desencadeada a partir de ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pela Justiça Eleitoral da 3ª zona eleitoral especializada em Curitiba. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Curitiba e Umuarama.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal indicam que os suspeitos cometeram crimes eleitorais durante o pleito de 2022, incluindo a compra de votos em diversos municípios do Estado do Paraná. Os investigados são acusados de não declararem diversas doações e de declararem valores menores do que os efetivamente recebidos, configurando a prática de caixa dois eleitoral. Além disso, um dos suspeitos é acusado de lavagem de dinheiro por meio da ocultação de valores, enquanto outro está sendo investigado por furto qualificado.
De acordo com as informações durante o inquérito, um dos suspeitos já havia sido condenado em primeira instância pelo crime de apropriação indébita previdenciária. Ele efetuou o pagamento do crédito tributário no valor de mais de nove milhões de reais. No entanto, foi constatado que ele possui uma dívida com a União relacionada a tributos no montante aproximado de 153 milhões de reais.
A operação Ágora representa mais um esforço das autoridades para combater a corrupção e os crimes eleitorais, visando garantir a clareza e a transparência dos eleitorais. A atuação da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral é fundamental para preservar a integridade do sistema democrático e punir aqueles que tentam se beneficiar ilegalmente da eleição.
Os suspeitos serão interrogados e, caso sejam comprovados, poderão ser indiciados e responder criminalmente pelos delitos cometidos. A operação Ágora destaca-se como mais um passo importante no combate à corrupção e na defesa da legalidade no Brasil.
O nome da operação é uma alusão ao movimento de discussão política que acontecia nas praças públicas na Grécia Antiga, às quais eram fundamentais para a prática da democracia à época. Portanto, como o poder emana do povo, que escolhe seus representantes por meio do voto direto, secreto, universal e periódico, a operação faz o contrassenso do fundamento constitucional.
