Eliseu Auth
Eliseu Auth
Há tantas coisas que nós queremos entender e não entendemos. Muitas delas até parecem impossíveis de serem entendidas. Para estas não há um método científico de constatá-las ou compreendê-las. Aí ficamos em torno de teorias, possibilidades e conjecturas. É o caso da origem do Universo. Dele, a parte que a Cosmologia detectou como observável, mede 93 bilhões de anos-luz de diâmetro, segundo Paul Harpen em Fronteiras do Universo. Uma imensidade que sequer conhecemos. Também desconhecemos de onde vem esse mundo de meu Deus que penso não ter fim.
Se a religião diz que foi Deus quem o criou o universo, a ciência acena com a teoria do “Big-Bang”, a partir das observações do telescópio Hubble e dos trabalhos teóricos de cientistas como Einstein, Friedmann, Lemaître, Stephen Hawking e outros. Tudo não passa de estudo, projeção e intrincada teoria porque ninguém tem certeza de nada. Se algum dia houver certeza não sei, mas acho difícil que a matéria se expanda e se forme do nada. Se a astrofísica encanta, confesso que sou movido por uma ingênua curiosidade de quem reconhece sua ignorância diante do vasto mundo que o cerca. Querer entendê-lo e não conseguir é torturante. Prá sossegar minha inquietude, sigo a fé do berço que crê no mundo criado e no Deus criador do céu e da terra.
Que tem isso a ver com o ciclo das águas que está no título? Tudo. Nele está a beleza da continuidade da vida neste planeta de mil coincidências cósmicas. Uma delas é a existência das águas no planeta. Se 97% delas são salgadas, os 3% restantes do estoque terrestre são um presente que se recicla num trabalho repetido da natureza. É o ciclo das águas por todo o país. A enciclopédia britânica observa que a água que bebemos hoje pode já ter sido bebida por dinossauros e outras criaturas pré-históricas. Sim, a evaporação de oceanos, rios, lagos e da umidade das florestas vai dar em vapor que se esfria, condensa e forma nuvens. Estas se rompem e caem em forma de chuvas. Por óbvio, um processo de evaporação bem distribuído pelo país pode regá-lo melhor. Seria um presente para todos nós. O presente do ciclo das águas.
(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).