Psicologia e Educação
O nome cyberbullying talvez não seja muito conhecido por muitos pais de crianças e adolescentes, mas trata-se de um tema que precisa ser discutido e apresentado a toda a sociedade. A afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Ivo Galdino da Silva, na abertura de evento promovido em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social de Umuarama na manhã desta quarta-feira (31).
O teatro do Centro Cultural Vera Schubert recebeu as professoras Laís Bueno e Ana Paula Becker, da UniAlfa, estudiosas e especialistas em cyberbullying (a pronúncia é sáiber-búlin) alertaram: é preciso ficar atento aos sinais de que as crianças e adolescentes podem estar apresentando sendo perseguidos nas redes sociais. “Hoje em dia, todo mundo já sabe o que é bullying, que fica restrito aos ambientes escolares. Já o cyberbullying acompanha a pessoa 24 horas por dia, porque está no celular, nos computadores. E essa perseguição, geralmente com mensagens de muito ódio, pode causar problemas grandiosos às crianças e adolescentes”, observa Ana Paula.
A professora Laís contou que, segundo relatórios do Núcleo de Combates aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil do Paraná, menos de 40% das pessoas buscam ajuda ou denunciam quando estão vivendo situações de cyberbullying. “É por isso que temos, enquanto sociedade organizada, fortalecer cada vez mais as redes de proteção principalmente às crianças e adolescentes. E o trabalho de todas as pessoas que compõem não só o CMDCA, como professores, diretores, assistentes sociais, enfim, quaisquer profissionais que atuam direta ou indiretamente junto a crianças e adolescentes”, afirma.
As professoras trabalham com os jovens no combate às fake news e contra o discurso de ódio na internet, proporcionando uma educação mais crítica e reflexiva. “Infelizmente essa prática tem se tornado comum no meio virtual, com a falsa ilusão de que os autores não podem ser responsabilizados. Mas na verdade isso é crime e as autoridades policiais podem rastrear os agressores e aplicar as sanções, inclusive a prisão”, alertou.
A secretária municipal de Assistência Social, Adnetra Vieira dos Prazeres Santana, pontou que o município tem investido para fazer valer a Lei 13185/2015, em vigor desde 2016, que fala sobre o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). “Nossa rede de atendimento como Creas (Centro de Referência em Assistência Social) tem profissionais para atender a casos como de intimidação sistemática, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. Todos estamos à disposição para oferecer todo apoio necessário”, relata.