Ernesto de Sousa
CRÍTICAS
(Filosofia Judaica).
As críticas fazem parte da história da humanidade. Elas estão presentes em nossas vidas e acontecem em todos os níveis sociais, independente de idade, crença ou raça, elas ocorrem nas esferas pessoais e ocupacionais de qualquer pessoa.
Para alguns é algo que pode até trazer desconfortos pela forma com a qual ela é realizada em razão da falta de tato da pessoa que a pratica.
A expressão é considerada como a “capacidade e habilidade para julgar alguém”. Pode ser ainda “a atividade de examinar e avaliar minunciosamente uma produção artística, literária ou cientifica, bem como costumes e comportamentos”.
Steve Jobs disse que “você nunca será criticado por alguém que esteja fazendo mais do que você. Você só será criticado por alguém que esteja fazendo menos”. (grifados pelo autor).
Oscar Wilde afirmava que “aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo”. Por isso, ser criticado pelos seus pares é uma prática que acompanha o homem há tempos e remonta desde os primórdios da sua história.
A criticidade requer compreensão e ponderação, tanto do lado do receptor, quanto daquele que a pratica. É preciso tato ao lidar com essa questão, pois a crítica já destruiu grandes sonhos e impediu grandiosas realizações. Ela destrói, quando mal empregada.
As criticas não podem abalar emocionalmente as pessoas. É preciso fazer uma análise de si mesmo para determinar se realmente são reais e necessárias. Caso positivo, corrija-se, e continue a vida.
Existem dois tipos de críticas bastante difundidas no dia a dia de todos nós: as construtivas e das destrutivas. As primeiras geralmente são constituídas pelo apoio ao nosso trabalho (ações ou atos); têm aspectos positivos e sempre ajudam emocionalmente e psicologicamente. As segundas têm aspectos negativos e, em geral, se apresentam em forma de reclamações ou lamúrias.
Para identificar uma crítica construtiva no ambiente de trabalho basta observar se ela está encorajando a pessoa ou a desanimando; se ela está ajudando ou atrapalhando, e por último, se a pessoa recebe dicas para melhorar seu desempenho.
Um determinado grupo de pessoas não responde bem às críticas. Isso se deve principalmente pelo fato de que a maioria das pessoas prefere ser elogiada por fazer algo que considera legal (pontos fortes) e não ser criticada por coisas que deixaram de fazer ou por errar em suas ações (fraquezas).
Se a sua observação indicar pontos positivos em alguma ação praticada, ou em pelo menos em uma delas, pode ter a certeza que a pessoa que se dispôs a fazer a crítica quer ajudá-lo de alguma forma, dentro ou fora do ambiente de trabalho.
Para um grupo seleto de pessoas, as críticas são vistas como um marketing pessoal, não importa se ela é positiva ou não. Para essa pessoa a crítica é indiferente, tanto faz se é boa ou ruim.
Todas e quaisquer tipos de críticas fazem parte do processo de aprendizagem das pessoas, elas ajudam na formação de conceitos e auxiliam para moldar comportamentos que ainda não se solidificaram, uma vez que elas são eficazes na correção de atitudes, de uma imperfeição, ajudam no crescimento pessoal e até na evolução profissional.
Dessa forma reflita: antes de falar, ouça. Antes de agir, pense. Antes de criticar, conheça. E antes de desistir, tente. E tente até conseguir atingir seus objetivos.
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Ernesto de Sousa Ferraz Neto é professor na rede pública de ensino.
