Comércio
A nova gasolina já pode ser vendida no Brasil, mas o combustível só deve chegar para o consumidor no mês de outubro. Em Umuarama, proprietários, gerentes e funcionários de postos de combustíveis ainda não sabem quando começam a receber a gasolina com o novo padrão estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo os entrevistados pelo jornal Umuarama Ilustrado, as distribuidoras ainda não haviam recebido informações de quando a nova gasolina começaria a chegar na cidade. Já o secretário de Defesa do Consumidor de Umuarama, João Paulo Souza Oliveira, que o combustível nos padrões antigos ainda serão entregues as distribuidoras até o dia 3 de outubro e para o consumidor deve chegar no dia 3 de novembro.
Conforme a ANP, a nova gasolina é mais eficiente do que a comercializada até então, ainda melhora a autonomia do veículo, pois consome menos combustível. Além disso, a partir da sua oferta no mercado, fica mais fácil também para as empresas montadoras de veículos utilizarem tecnologias de motores de melhor qualidade, com capacidade de reduzir as emissões atmosféricas. Para o consumidor final, no entanto, o produto deve sair mais caro.
A mudança do combustível se deve à Resolução nº 807/2020, publicada em janeiro, que determina as novas especificações de valores na sua composição química e que segundo a especialista em regulação da ANP, Ednéa Caliman, vai promover maior eficiência energética ao produto brasileiro.
“Essa definição é importante. Quanto maior a massa específica do combustível em termos de hidrocarbonetos, maior é a densidade energética do combustível, ou seja, para o mesmo volume de combustível injetado no motor haverá a geração de maior quantidade de energia no momento da queima do combustível. Com isso, esperamos que proporcione maior rendimento, gerando diminuição do consumo e aumento da autonomia dos veículos”, disse.
Ednéia Caliman conta que a mudança aproxima o padrão da gasolina no Brasil ao que é praticado na União Europeia, que já havia sido acompanhado por países como a Argentina e o Chile. Os parâmetros também ficarão mais parecidos com os usados nos Estados Unidos.
A resolução da ANP que determinou a venda obrigatória a partir de segunda-feira foi publicada em janeiro e deu o prazo até 3 de agosto para os produtores de combustíveis se adequarem às regras. No entanto, a agência também fixou o prazo adicional de 60 dias para as distribuidoras e de 90 dias para os revendedores se adequarem.
