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Noronha intima juízes Rogério Favreto, João Pedro Gebran Neto e Sergio Moro

20/08/2018 00H00

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) informou que os desembargadores Rogério Favreto e João Pedro Gebran Neto, ambos do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), e o juiz federal Sergio Moro já foram intimados pelo corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, a prestar informações a respeito do episódio do Habeas Corpus concedido ao ex-presidente Lula e posteriores manifestações que resultaram na manutenção de sua prisão, no último dia 8. O prazo para envio das informações é de 15 dias corridos, contados a partir de 1º de agosto, em virtude do recesso forense (2 a 31 de julho). As representações recebidas pelo CNJ contra os magistrados foram sobrestadas e apensadas ao Pedido de Providências aberto pelo corregedor. O procedimento segue em segredo de Justiça.

Centrão chega a acordo para apoiar Alckmin

Depois de uma reunião com o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) nesta quinta-feira (19) em São Paulo, líderes do centrão disseram que os termos do acordo com o tucano foram fechados, restando agora uma validação interna formal nos partidos para que seja anunciado. A aliança deve mudar a correlação de forças da eleição, dando a Alckmin capilaridade e o maior tempo de TV. Os partidos do centrão têm, juntos, 171 segundos por bloco. Sozinho, Alckmin já tinha 78 segundos. Com a aliança, o tucano chega a 249 segundos (4 minutos e 9 segundos). Com os 111 segundos (1 minuto e 51 segundos) de PPS, PV, PTB e PSD, com quem já está aliado, Alckmin chega a 360 segundos (6 minutos). Adversário histórico do PSDB, o PT tem 95 segundos (1 minuto e 35). Alckmin disse que, por meio de sua assessoria, que nada foi definido e anúncios ficarão para a próxima semana. Uma das principais resistências à aliança com o tucano foi vencida, a do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Ele foi convencido a desistir de Ciro Gomes (PDT) por seus rompantes e incompatibilidade ideológica, especialmente depois de uma conversa entre economistas dos dois grupos.

Presidente do STJ considera prejudicado pedido da PGR sobre Lula

A presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministra Laurita Vaz, considerou prejudicado um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para impedir a soltura do ex-presidente Lula que havia sido determinada no último dia 8 pelo juiz plantonista do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) Rogério Favreto. A PGR também havia pedido que a ministra determinasse à Polícia Federal "que se abstenha de executar mandados judiciais referentes à liberdade do paciente que não contenham a chancela do Superior Tribunal de Justiça". O principal objetivo da PGR era evitar eventuais novas tentativas de se obter habeas corpus para Lula em instâncias inferiores. Laurita, contudo, não fez menção a esse pedido mais amplo em sua decisão, divulgada pelo STJ nesta quinta-feira (19). Segundo a ministra, o pleito da PGR, no caso específico da soltura determinada por Favreto, ficou prejudicado porque a questão envolvendo as ordens e contraordens de prisão foi resolvida pelo próprio presidente do TRF-4, Thompson Flores -que decidiu manter o petista preso.

Dividido e à espera do PSB, PT não
formaliza convite a Manuela D’Ávila

Após reunião inconclusiva com a cúpula do PC do B, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quinta-feira (19) que ainda está conversando com o PSB e que a decisão só ocorrerá no início de agosto. Na semana que vem, haverá um novo encontro entre dirigentes do PT e PSB. Uma semana depois de o PT sondar a cúpula do PC do B sobre a hipótese de lançar a deputada estadual Manuela d´Ávila para a vice da chapa presidencial, o convite não foi formalizado. Para líderes do PC do B, houve um recuo nas negociações, interpretado como uma demonstração de que o PT ainda tem expectativa de contar com o PSB na vice. "Temos muita simpatia por Manuela. Temos muita simpatia por esse arranjo de termos Manuela na vice. Obviamente, isso não é uma decisão que se toma neste momento", disse Gleisi, após repetir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato do PT ao Palácio do Planalto.