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No mundo digital, bibliotecas ainda atraem as crianças e jovens

13/09/2018 13H00

Jornal Ilustrado - No mundo digital, bibliotecas ainda atraem as crianças e jovens
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Parece estranho, mas o brasileiro de 18 anos nunca viveu em um mundo sem internet e para esse público, o dilema do papel ou digital não é tão grande. Neste contexto, as bibliotecas cheias de livros físicos deveriam ser frequentadas por um público mais velho, porém, não é bem isso que vemos em Umuarama.

Conforme o colaborador da Biblioteca Pública de Umuarama, Jorge Augusto de Oliveira, o público com maior fluxo de empréstimos de livros é o infantil e o juvenil. Mesmo as crianças e os jovens tendo familiaridade e facilidade com o sistema digital, esse público ainda busca os livros. “Temos um fluxo de 10 a 20 empréstimos de livros por dia, com maioria feito por crianças e jovens. Acredito que essa procura se deve aos cursos que o Centro Cultural oferece para os jovens”, disse.

Ainda conforme Oliveira, a busca por pesquisa na biblioteca é pouca e as pessoas utilizam o local para emprestar a literatura mais recentes. “Para emprestar um livro, a pessoa precisa fazer um cadastro com CPF, RG e comprovante de residência. Ela pode ficar com o livro duas semanas e uma renovação de mais duas semanas. Caso a pessoa não entregue o livro na data recomendada, ela fica sete dias sem pegar outro”, explicou.

Cenário futuro

O técnico de atividade do Sesc e professor Alessandro Salgado, também ressalta um fluxo de crianças e jovens na biblioteca do Sesc de Umuarama. “Mesmo o ambiente sendo aberto para comunidade e realizarmos atividades, clubes de leitura e entre outras atividades, como a Semana Literária, o público adulto não frequenta a biblioteca”, enfatizou.

Salgado ainda lembrou que este cenário não está relacionado ao mundo digital. “Desde que trabalho com literatura, ver o público adulto na biblioteca, em nossa região, é muito difícil”, lembrou.

Na visão do professor as bibliotecas precisam seguir o caminho da mudança e modernização, se quiserem sobreviver. “Vejo nos grandes centros e até aqui em Umuarama um início de mudança, mas estamos longe da biblioteca ideal, voltada para o escolar e também participando da interação com o digital, assim visando construir um leitor. Se a biblioteca não se renovar, continuará a ser um cemitério de escritores mortos” noticiou.