Dr. Eliseu Auth

04/01/2022

No ano que já começou

03/01/2022 20H29

Jornal Ilustrado - No ano que já começou

Eliseu Auth

A cada fim e começo de ano, nossa alma é assaltada por um bando de angústias e inquietações. Futurólogos, áugures e adivinhos tentam dar respostas em projeções, palpites e previsões. Sempre foi assim no mundo inteiro e em todos os tempos. É o homem que consegue olhar para o futuro.

Desde a mais remota antiguidade a história registra um longo desfile de personagens reais ou míticos prevendo o futuro. César ouvia um adivinho de nome Spurinna. Quando desatendeu sua advertência de que corria perigo de vida, foi esfaqueado. Apolo escutava Cassandra e Faraó ouviu José que interpretou seus sonhos. Na Grécia, sete séculos antes de Cristo, ergueram o Oráculo de Delfos, homenageando Apolo. Ali, Pitonisas atendiam milhares de pessoas que acorriam à procura de respostas dos deuses sobre suas angústias e incertezas. Falavam em nome de Apolo, tiravam lições das estrelas, interpretavam fenômenos e entranhas de animais, atendendo inúmeras pessoas que acorriam à procura de respostas dos deuses sobre suas angústias e incertezas. As ruínas ainda estão lá nas costas do Parnaso.

Quem não ouviu falar das Centúrias de Nostradamus, morto em 1556? Suas previsões em palavras vagas são respeitadas. Previu a ascensão de Hitler, a revolução francesa e as guerras mundiais, entre outras coisas. Ainda vaticinou que o céu se abrirá e os campos serão queimados pelo fogo, o que não é nada alentador. Consola que, o que não se cumpriu, o homem pode evitar. Chama a atenção a búlgara “Baba Vanga”, lembrada em conversas de sauna pelo médico e bom companheiro Rafael Barbosa. Fui pesquisar e confirmei que ela ficou cega aos 12 anos, faleceu em 1996 e previra fatos futuros como a eleição de um presidente negro nos Estados Unidos, a morte da princesa Diana e o ataque às torres gêmeas. Para 2022, predisse uma pandemia que deve ser relacionada à covid-19 e contactos alienígenas com a terra.

É isso que temos para 2022? Não somos obrigados a crer ou descrer, mas cumpre ficarmos atentos. Papai já dizia que “entre o céu e a terra há mais coisas que os aviões da FAB”. Há o insondável e o infinito à nossa frente. O que nos resta é fazer a nossa parte, tanto pelo bem do Brasil e dos brasileiros, quanto pela sobrevida do planeta. É o que nos cabe no ano que já começou.

(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).