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Mudando os padrões de carreira e conquistas profissionais

21/09/2022 09H15

Jornal Ilustrado - Mudando os padrões de carreira e conquistas profissionais

O que tem mudado nos últimos anos nas aspirações e planos de carreira? Novas profissões vêm surgindo, assim como oportunidades artísticas, autônomas e de empreendedorismo. Essa é uma nova realidade que foge do padrão da escolha de uma profissão tradicional, mesmo que ainda seja necessário dedicação, talento, tempo e investimento em uma área de conhecimento.

Com tantas possibilidades no mercado de trabalho para quem almeja um futuro mais inovador, a dica de especialistas é principalmente sobre autoconhecimento: saber se reconhecer em personalidade, aptidões, aspirações e interesses profissionais.  Nesse sentido, pesquisar e estudar sobre a profissão antes de investir se torna um ponto ainda mais importante.

Oportunidades do Metaverso

O conceito de metaverso amplia os horizontes e tem criado uma grande demanda por novos profissionais nessa fase de desenvolvimento de um ambiente digital com realidade estendida, alternativas e múltiplas oportunidades. 

Empresas globais estimam que o setor pode movimentar mais de 13 trilhões de dólares na economia e especialistas acreditam que mais de 70 mil profissionais capacitados serão necessários para suprir as vagas geradas até 2024.

Nesse processo, a própria trajetória de Mark Zuckerberg, bilionário e CEO da Meta, inspira muitos:  de estudante universitário a criador do Facebook, de inovador em redes sociais a construção de um mundo que conecta o real ao virtual em nova dimensão. 

Não apenas profissionais de tecnologia, mas outras carreiras passaram a ser mais valorizadas: digital manager, storyteller, designer de avatares, arquitetos, professores especializados, dentre outros.

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Profissionais de jogos

Nos últimos anos a profissionalização no eSports abriu um leque de oportunidades para gamers, que antes eram vistos apenas como jovens que gastavam o tempo jogando. Hoje virou uma modalidade esportiva respeitada no mundo todo, com equipes e campeonatos nacionais e internacionais. Uma profissão que requer, além de habilidades, muita atualização sobre o tema, estudo em conjunto e revisão de falhas focando em melhorias e disciplina.

Instituições acadêmicas e organizações já voltaram os olhos para esse segmento em ascensão, que passou a fazer parte do futuro de diversos profissionais. 

No Brasil, recentemente alguns jogadores viraram notícia, como o paulista Matheus Guimarães Montenegro, aceito em 28 universidades dos Estados Unidos, e o carioca Guilherme Mannarino, aprovado em 32 universidades norte-americanas. Ambos possuem habilidades em jogos eletrônicos e não deixaram de estudar.

Nascido em Petrópolis (RJ), Leo Duarte Borges Pinto, mais conhecido como ziGueira, que até recebeu homenagens como incentivo à tecnologia na cidade, é hoje youtuber e streamer da Team Liquid. 

Depois de ser reconhecido com um dos melhores jogadores brasileiros e conquistar títulos internacionais, se aposentou das competições há alguns anos e continuou carreira digital no universo gamer.

Além dos jovens que dominam esse novo mercado dos eSports, profissionais de todas as idades também têm feito reputação e carreira no poker, considerado um esporte da mente. Ao longo dos anos, muitas histórias de sucesso de jogadores nesse ramo representam a maior profissionalização, baseada em estudos, prática, participação em eventos e visão de marca e estilo próprio.

Um dos casos é do espanhol Ramón Colillas, que passou do sonho de jogar nos gramados para uma carreira consolidada nas mesas de torneios de poker online e offline. 

Formado em Ciências do Esportes, e com interesse em se tornar coaching de futebol, já tinha uma visão diferenciada sobre a trajetória profissional. Competitivo e focado, coleciona uma série de notáveis vitórias e tenta mostrar aos outros que a dedicação pode contribuir para o sucesso.

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Desenvolvimento de games

Por trás desses games existe um mercado consolidado e em forte crescimento em esportes e entretenimento, expandindo para outras áreas que envolveram a gamificação, como a educação e treinamentos corporativos. 

Segundo dados da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), o país é o décimo maior mercado do mundo, tendo ultrapassado 2,3 bilhões de dólares em 2021. Neste ano, o Brasil chegou à marca de mais de 1.000 estúdios de jogos, sendo que em 2014 eram apenas 133. São quase 12.500 pessoas empregadas na indústria brasileira de desenvolvimento de jogos.

Então, além dos jogadores e streamers, existem outras carreiras relacionadas com games: designer, animador gráfico, editor audiovisual, programador, roteirista, artista 3D, desenvolvedor, dublador, narrador, game tester e marketing. 

No escopo mundial, semelhante à tendência de tecnologia da informação, há uma ampla oferta de vagas, mas poucos profissionais especializados e capacitados para assumir postos que requerem conhecimentos específicos atualizados, o que gerará ainda mais oportunidades no futuro.