Cotidiano

HOMICÍDIO NO D. PEDRO I

Morte de jovem no D. Pedro I foi premeditada e cruel, diz polícia

12/09/2018 07H59

Apreensão adolescente acusado de matar João Vitor Marques no Parque D. Pedro I
o delegado operacional da 7ª SDP, Thiago Soares, disse que o caso está encerrado

Polícia Civil apreendeu na manhã de terça-feira (11) o terceiro adolescente envolvido na morte de João Vitor Marques Francisco, 18 anos, morto a facadas em março de 2018, em uma mata nos fundos do Parque D. Pedro I, em Umuarama.

Os outros dois envolvidos na morte, ambos com 16 anos, já estão recolhidos ao Cense por atos infracionais análogos a tráfico de entorpecente, segundo a polícia. Os três negam qualquer envolvimento.

“No decorrer das investigações pudemos concluir que a morte foi premeditada e executada de forma cruel”, afirmou o delegado operacional da 7ª SDP, Thiago Soares. Segundo a polícia, a vítima era amiga dos matadores, mas começou a furtar drogas.

“Por causa do vício o João Vitor começou a furtar drogas dos amigos. Esses amigos planejaram a morte, atraindo a vítima até aos fundos do bairro. Todos consumiam drogas quando a vítima recebeu o primeiro golpe nas costas. Pelo que apuramos, foi o adolescente de 15 anos que desferiu o primeiro golpe. A crueldade foi grande. Chegaram a fazer um corte profundo na barriga da vítima”, relatou o delegado.

Após matar a vítima a facadas, o trio enterrou o corpo em uma cova previamente preparada. “Na casa de um dos adolescentes encontramos uma pá suja de terra, que foi usada para cavar a cova”, explicou o delegado.

 

LIGAÇÕES ANÔNIMAS

Depois do crime, a mãe da vítima começou a receber ligações contando onde o corpo de filho estava enterrado. Familiares e amigos começaram a procura e no fim da tarde do dia 21 de março o corpo de João Vitor foi encontrado enterrado nas proximidades na subestação da Sanepar, nos fundos do bairro.

“A mãe percebeu o desaparecimento do João Vitor no dia 19 de março. Estimamos que ele foi morto na noite do dia 20. O corpo foi encontrado no dia seguinte”, contou Soares.

O delegado indiciou o trio de adolescentes pelos atos infracionais análogos a homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e coação de testemunhas no curso da investigação.