Saúde
O uso da máscara para os brasileiros ainda não virou hábito, como é em países orientais. Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, muitos umuaramenses ainda não fazem o uso da proteção, que na verdade, serve mais para proteger o próximo, caso você esteja contaminado.
Com a flexibilização do funcionamento da atividade econômica em Umuarama e a liberação do auxílio emergencial, o centro da cidade voltou a contar com um grande fluxo de pessoas, sendo que a maioria ainda não faz o uso da máscara. “Tenho vergonha de usar isso”. “Não preciso, não estou doente, para que vou usar máscara?”. Essas são algumas frases de pessoas entrevistadas na avenida Paraná de Umuarama.
Entretanto no Japão, onde o coronavírus tinha tudo para explodir, pois possui alta densidade demográfica e a maior população de idosos do mundo, o país enfrenta os menores números de contaminação. Alguns especialistas creditam a situação aos hábitos de proteção, como o uso da máscara. Hoje o Japão começa a adotar medidas de isolamento, pois o governo acredita que os casos de Covid-19 estão sendo disseminados nas “noitadas dos jovens”.
Na última semana a secretária municipal de Saúde, Cecília Cividini, ressaltou como é importante adotar medidas de prevenção para reduzir a possibilidade de contágio pelo coronavírus. “Como a população tem saído às ruas, inclusive quem mais deveria ficar recolhido em casa – que são os idosos –, é necessário adotar medidas que reforcem a prevenção para tentar minimizar o risco de infecção pelo vírus”, reforçou.
O Ministério da Saúde adquiriu da China 240 milhões de máscaras cirúrgicas e N95 para garantir por pelo menos 60 dias o abastecimento da rede pública hospitalar, para proteção de profissionais no atendimento a pacientes com a Covid-19. A encomenda totaliza 960 toneladas. Para os demais cidadãos, o ministério lançou nota informativa para confecção de máscaras caseiras, que funcionam como uma barreira física ao vírus e servem como proteção.
As máscaras caseiras têm se tornando um fenômeno mundial e qualquer cidadão pode fazer a sua em casa. “Você pode fazer uma máscara usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as industrializadas. As máscaras de pano para uso comunitário funcionam muito bem e não são caras de fazer. Agora temos de lutar com as armas que a gente tem”, explicou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O prefeito Celso Pozzobom reforça que o ideal é permanecer em casa o máximo de tempo possível. “Quem não está trabalhando e se preocupa com a sua saúde e dos seus familiares deve ficar em casa, especialmente se pertencer ao grupo de risco. Mas, se for necessário ter de sair em algum momento, é preciso se cercar de todos os cuidados possíveis para evitar a exposição e o contato com o vírus. A máscara, seja ela caseira ou certificada, é uma ferramenta importante”, defendeu.
