CONSTRUÇÃO E VENDA
Desde a primeira depressão econômica ocorrida no mês de maio em Umuarama, com a quarentena dos setores do comércio, indústria e prestadores de serviço, devido as medidas de prevenção ao novo coronavírus, o setor da construção civil e transações imobiliárias emplacou um novo ritmo de crescimento.
Regiões de Umuarama onde eram tomadas por pastagens hoje estão pulverizadas de residências e construções. Por exemplo, os bairros Parque Estância e Jardim Lopes, ambos próximo a avenida Goiânia. Conforme a Diretoria de Planejamento Urbano da Prefeitura, no mês de junho foram aprovados 20.649,20 m² de obras – volume suficiente para manter o setor de construção aquecido, gerando empregos e movimentando o comércio de materiais e insumos.
Segundo secretário municipal de Obras, Planejamento Urbano, Projetos Técnicos e Habitação, Isamu Oshima, embora houve um recuo no comparativo com maio, quando foram aprovados 25.028,93 m² de projetos, a avaliação é positiva. “o volume de obras continua elevado, um pouco acima da média mensal deste ano, que é de 19,5 mil m². O setor manteve o ritmo de crescimento”, disse.
Na avaliação do empresário e corretor de imoveis, Aldemir Cesar, o mundo passa por um problema no setor da saúde pública, mas o Brasil vem apresentando pontos a serem destacados que estão alavancando a construção e a venda de imóveis urbanos e rurais. “Em primeiro lugar, no mês passado a Bolsa de Valores passou dos 100 mil pontos com o Ibovespa. Segundo, tivemos no mês de maio o maior crescimento de vendas no varejo, embora todo este crescimento não tenha recuperado as perdas dos meses anteriores”, disse.
O corretor ainda ressaltou as medidas implantadas para minimizar os impactos do novo coronavírus na economia nacional, como a queda da taxa Selic para 2,25% e que elevou a oferta de crédito imobiliário. “Tivemos uma parada quando foi anunciada a chegada do vírus no Brasil, mas com as taxas de juros atraentes o mercado vem oferecendo um quadro animador e de elevação”, explicou Cesar.
O construtor Cleverson Zanquetti atua no setor desde 2012 e segundo ele, após os 30 dias do anúncio da doença em Umuarama, o setor da construção civil emplacou desenvolvimento. “Algumas lojas de materiais de construção na cidade bateram recorde de venda, para o mesmo período em relação aos últimos dez anos. E a melhora não foi só para construção, o setor de reformas, móveis, prestação de serviço e outros foram alavancados”, explicou.
Ainda segundo Zanquetti, o público que vem adquirindo as suas casas quer um imóveis recém construídos ou ainda na planta, são pessoas que residiam na região e estão vindo para Umuarama, como também, casais que acabaram de concretizar a união e estão começando a vida de casados. “Existe um novo fenômeno na cidade, construtoras de fora e de grande porte estão chegando em Umuarama e construindo casas em série e de menor porte e com isso, as pessoas conseguem dar uma entrada menor”, explicou.
No acumulado do ano, a Diretoria de Planejamento Urbano já aprovou 117.365,62 m² de projetos para obras residenciais e comerciais – são construções, reformas e ampliações de imóveis dos mais variados tipos. Em 2019 forma mais de 250 mil m² de obras aprovadas e a meta é repetir esse volume até o final de 2020, apesar dos efeitos nocivos do coronavírus, disse o prefeito Celso Pozzobom.
