Política

CÂMARA UMUARAMA

Após condenação final no STF, Marcelo Nelli será notificado para deixar o cargo

18/07/2019 08H14

Após tomar conhecimento da condenação do vereador Marcelo Nelli (Solidariedade) em última instância, nesta semana, o MDB protocolou na Câmara Municipal de Umuarama pedido para a direção da Casa cumprir o regimento interno e dar por extinto o mandato de Nelli. Depois disso, poderá ser convocado o suplente da coligação para assumir o cargo, no caso Toninho Comparsi (MDB). Ele foi condenado por empregar o irmão na Câmara Municipal, no mesmo período em que era funcionário na Câmara Federal.

A procuradora jurídica da Câmara de Vereadores, Rosane Meyer, confirmou à reportagem do Ilustrado que foi protocolado o pedido do MDB para extinção do mandato de Nelli conforme o decreto federal 201/67. Mas, conforme o regimento da Casa, o vereador terá de ser notificado e após isso, terá três dias para apresentar a sua defesa na Câmara.

O documento de notificação já foi expedido ontem mesmo, no entanto, Marcelo Nelli não foi localizado na cidade. A assessoria do vereador informou à Câmara que ele está em viagem, já que o Legislativo está em período de recesso. Após a confirmação da extinção do mandato de Nelli, a Mesa Diretora do legislativo vai solicitar à Justiça Eleitoral a indicação do primeiro suplente da coligação para assumir o cargo, no caso Toninho Comparsi.

Além de perder o cargo de vereador, a sentença com transitado em julgado do Supremo Tribunal Federal determina a perda dos direitos políticos de Nelli por três anos, o que o deixará foram da eleição do próximo ano, após mais de 20 anos sendo vereador reeleito.

O crime

O processo contra o vereador Marcelo Nelli surgiu em 2010 quando ele era presidente da Câmara Municipal de Umuarama e contratou o irmão Cristiano Derenusson Nelli para a função de secretário-geral. De lá para cá, ele se sustenta no cargo por causa de recursos nas várias fases que o processo já teve antes de ser finalizado.

No mesmo período, Cristiano exercia a função de secretário parlamentar na Câmara Federal, lotado no gabinete do então deputado federal Osmar Serraglio. Ele acabou demitido dos dois empregos. Tanto Serraglio como Marcelo Nelli alegaram desconhecer que Cristiano tinha outro emprego público. Nelli chegou a afirmar que contratou o irmão porque precisava de uma pessoa de confiança para ajudar na administração da Câmara.