Cotidiano

NA REGIÃO

Mãe que agrediu bebê por causa de carregador pagou fiança de R$ 3 mil

02/09/2020 19H03

Jornal Ilustrado - Mãe que agrediu bebê por causa de carregador pagou fiança de R$ 3 mil
A criança e um irmão mais novo foram entregues aos cuidados da avó paterna (foto redes sociais)

A mulher que foi presa em flagrante após agredir a filha de um ano e meio por causa de um carregador de celular pagou fiança de R$ 3 mil e ganhou liberdade. O incidente ocorreu durante a noite de segunda-feira (1º) na casa da família, em Rondon, a 95 km de Umuarama.

Ela foi encaminhada para a delegacia da Polícia Civil de Cidade Gaúcha, distante 25 km, que acompanha o caso.

GRAVAÇÃO

As agressões verbais e físicas, além do choro da criança foram gravadas em áudio por uma vizinha que acionou a Polícia Militar. Na gravação, que circula nas redes sociais, é possível ouvir o som das pancadas e a mãe gritar “eu te odeio garota…lazarenta. Você vai ver o seu. Vou te bater com o fio do carregador. Tá achando que esse carregador é barato?”

SOCORRO

A criança foi socorrida pelo Conselho Tutelar após a denúncia e encaminhada com escoriações para o Hospital Municipal, onde permaneceu em observação e já recebeu alta. A menina, juntamente com um irmão mais novo, foi entregue aos cuidados da avó paterna. Ambas passam bem.

COM A AVÓ

Segundo o relatado pela equipe do Conselho Tutelar de Rondon, a mãe reside na casa com as duas crianças. Essa foi a primeira vez que o órgão faz atendimento à família, que agora passará a ser monitorada. Por enquanto as crianças vão permanecer sob os cuidados e responsabilidade da avó paterna. O Ministério Público também já foi informado sobre o caso e a Justiça vai definir o que acontece daqui em diante.

REDE DE ACOLHIMENTO

Ainda segundo o informado pelo equipe do Conselho Tutelar, a criança já está inserida em toda a rede de acolhimento do Município, que compreende entre outras assistências, o atendimento psicológico e de assistência social.

VIOLÊNCIA

Dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), ligado ao Ministério da Saúde, mostram que, somente em 2017, foram feitas 85.293 notificações de agressões a crianças e adolescente até 19 anos.

Os dados foram extraídos pela Sociedade Brasileira de Pediatria e indicam que, parte dessas situações, ocorre no ambiente doméstico ou tem com autores pessoas do círculo familiar e de convivência das vítimas.

Do total de casos notificados pelos serviços de saúde, 69,5% (59.293) são decorrentes de violência física; 27,1% (23.110) de violência psicológica; e 3,3% (2.890) de episódios de tortura. O trabalho não considerou variações como violência e assédio sexual, abandono, negligência, trabalho infantil, entre outros tipos de agressão.

​Internações e mortes

A Sociedade Brasileira de Pediatria ressalta que o resultado dos episódios de agressão contra crianças e adolescentes provoca um número significativo de internações hospitalares e de mortes. Entre 2009 e 2014 (último ano com informações disponíveis), houve 35.855 encaminhamentos para hospitalização e 3.296 óbitos. Como geradores, registros de violências física e psicológica ou de tortura. (Com informações da Agência Brasil)