DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Que bom que contamos sempre com heroínas que mesmo não usando capa ou tendo poderes mágicos fazem a diferença na vida de seu semelhante. E para comemorar esse 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, vamos contar a história de uma dessas guerreiras anônimas que andam todos os dias ao nosso lado.
Esse é o caso da Solange, mãe da Maria Eduarda e do Luís Felipe, esposa do Leonel, que há 15 anos optou por dedicar seu tempo e atenção aos filhos. Primeiro veio a Maria Eduarda que é uma adolescente para lá de especial, e esse especial deve ser com “E” maiúsculo, pois desde que nasceu foi guerreira.
A Maria Eduarda nasceu sem parte do cérebro e contra todos os prognósticos médicos está chegando aos 15 anos com uma independência incrível. Anda sozinha, se comunica por Libras, faz parte do Grupo Escoteiro de Umuarama e está cursando o oitavo ano do ensino fundamental no colégio Monteiro Lobato. Ou seja: tem uma vida normal como toda adolescente.
E esse resultado é possível graças ao empenho dos pais, principalmente da mãe, Solange Amaro Branco Leonel, 41 anos, que deixou a carreira de auxiliar de enfermagem para cuidar da filha. E a agenda da Maria Eduarda é lotada: sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, equoterapia, aulas de violão, sala multifuncional, sem contar a escola e mais algumas atividades.
E o diferencial: a mãe está sempre acompanhando, “É assim: se tem que fazer, vamos fazer. Não sou de ficar enrolando. Sou muito prática e a Maria é muito parecida comigo. Se o médico disser que ela terá que passar por uma cirurgia, por exemplo, nem vou questionar. Se tem que fazer, vamos lá”.
Ela salienta que não consegue fazer tudo sozinha. “Sou muito agradecida. Ao meu marido que é meu parceiro e me permite condições de fazer tudo para a Maria. Aos professores e profissionais que atendem. Desde que ela era pequena sempre fomos abençoados em ter bons profissionais e humanos”, conta.
Solange conta que também está aprendendo muito com o filho caçula, o Luís Felipe, de 11 anos. “Eu não tinha a noção de que ele precisava tanto da minha atenção para suprir a necessidade afetiva dele. A Maria é mais prática. Já o Luís Felipe precisa que tudo seja explicado e eu não sou boa em comunicação. Então desde que ele começou com a psicopedagoga e agora eu também, eu tenho aprendido muito com ele”, ressalta.
