EM UMUARAMA
O projeto de repovoamento dos lagos municipais com peixes juvenis de espécies nativas teve mais uma etapa nesta quarta-feira, 28, quando o prefeito Hermes Pimentel e a equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Saúde, Proteção e Bem-Estar Animal soltaram cerca de 36 mil lambaris, piaus e curimbas no Lago Aratimbó e também no Tucuruvi, localizado no Parque D. Pedro II.
A soltura de peixes coincide com a proibição da pesca no Aratimbó, que estava liberada nos finais de semana. “Precisamos dar um tempo para os peixes se desenvolverem. A intenção é liberar a pescaria após o torneio de pesca que realizaremos em setembro. Até lá, a pesca permanece fechada”, orientou a secretária do Meio Ambiente, Fernanda Periard Mantovani.
Os peixes foram adquiridos mediante processo licitatório no formato pregão presencial, ao custo aproximado de R$ 16.500. “Nem digo que é custo, mas um investimento em lazer e qualidade de vida para a população. É muito agradável passar algumas horas em família, na margem do lago, tentando fisgar alguns peixinhos”, afirmou o prefeito Hermes Pimentel.
Prova disso foi o grande número de pescadores que frequentaram o lago aos sábados e domingos, quando a pesca estava liberada, e também durante o torneio de pesca do ano passado – que atraiu mais de 600 participantes e resultou em cerca de 4,5 mil peixes fisgados ao longo do evento – uma das atrações da programação dos 67 anos de Umuarama, lançada pelo prefeito Pimentel.
Para o chefe do Executivo, a pescaria une as famílias e tira moradores sedentários de dentro de casa para relaxar, curtir a natureza e realizar um passeio. “Além do repovoamento com espécies nativas, também investimos na manutenção e no cuidado dos nossos lagos. Realizamos melhorias na infraestrutura e no paisagismo, recuperamos calçadas usadas para caminhadas e estamos pensando em novidades para tornar os lagos ainda mais atrativos”, comentou Pimentel.
A secretária Fernanda Mantovani acrescentou que, com a devida autorização dos órgãos ambientais, a Prefeitura utiliza apenas espécies nativas no repovoamento. O objetivo é que os peixes da ictiofauna regional substituam gradativamente espécies exóticas que foram introduzidas quando da criação do lago, como tilápias e bagres africanos, entre outros. “Até hoje ainda tem muita tilápia no lago. A pesca ajuda nesse controle e a reposição com peixes nativos vai aos poucos recuperando o ambiente natural”, completou.
O Lago Aratimbó recebeu nesta quarta-feira 8 mil piaus, 8 mil curimbas e 10 mil lambaris, enquanto no Tucuruvi foram soltos 3 mil piaus, 3 mil curimbas e 4 mil lambaris, com tamanho médio de 5 cm. Por conta de eventuais perdas, a empresa contratada – Piscicultura Peixe Bravo, de São João da Boa Vista (SP) – entregou cerca de 10% a mais de cada espécie.