UMUARAMA
Na próxima sexta-feira (14), a partir das 8h30, o Tribunal do Júri da Comarca de Umuarama será palco do julgamento de Cássio Henrique dos Santos Andriotti, acusado de tentativa de homicídio contra Josimar Umberto Cocarolli.
O caso
Os fatos ocorreram no dia 8 de dezembro de 2022, por volta das 8h40, nas proximidades da Praça Paulo VI, na Zona IV de Umuarama. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Paraná, Cássio Andriotti teria atacado a vítima com cerca de cinco golpes de faca, atingindo regiões do abdômen e do tórax. Em seguida, teria pegado um revólver calibre .357, encontrado no carro da própria vítima, e disparado ao menos quatro vezes em sua direção, sem acerto.
De acordo com o Ministério Público, o crime foi motivado por desavenças familiares relacionadas a um estabelecimento comercial, pertencente à irmã do acusado e esposa da vítima. Pouco antes do ataque, o réu teria ido até a loja, ameaçado a irmã e levado dinheiro do caixa.
Conforme o MP, a tentativa de homicídio não se consumou porque a vítima conseguiu fugir do local e buscar ajuda. Ele foi socorrido por um comerciante e encaminhado ao Hospital Cemil, onde passou por cirurgia e ficou internado na UTI.
Testemunhos e versão da defesa
Segundo consta no processo, testemunhas ouvidas no processo confirmaram a versão da vítima. Policiais que atenderam a ocorrência relataram que visualizaram Cássio efetuando disparos de arma de fogo em via pública. Funcionários do posto de combustíveis onde ocorreu o crime também prestaram depoimentos corroborando a alegação de que a vítima foi atacada sem possibilidade de defesa.
O réu, por sua vez, sustentou que agiu em legítima defesa e alegou histórico de desavenças com a vítima. Cássio também mencionou que, no dia do crime, estava sob efeito de drogas e tentou obter dinheiro da irmã para deixar a cidade.
Atualmente, Cássio Henrique dos Santos Andriotti encontra-se internado em uma clínica de recuperação em Jesuítas, a pouco mais de 100 quilômetros de Umuarama. No júri desta sexta-feira, os sete jurados decidirão se ele será condenado ou absolvido pela tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O Ministério Público busca a condenação do acusado, enquanto a defesa sustentará a tese de legítima defesa.