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Júri de acusado pelo assassinato de ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu é marcado para abril 

13/03/2024 17H23

Jornal Ilustrado - Júri de acusado pelo assassinato de ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu é marcado para abril 
Foto: reprodução/redes sociais

O júri popular de Jorge Guaranho, acusado pelo assassinato do ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, está marcado para o dia 4 de abril. O julgamento, inicialmente agendado para dezembro do ano passado, foi adiado por solicitação da defesa de Guaranho. 

Os advogados de defesa, Cláudio Dalledone e Renan Pacheco Canto, afirmaram que não pretendem solicitar o desaforamento do julgamento. “Pelo contrário, estamos comprometidos em apresentar nossa estratégia de defesa e demonstrar, no dia do julgamento, a necessidade de afastar qualquer politização que possa envolver o caso”, afirmaram. 

Reiterando o compromisso com a busca pela verdade e pela justiça, a defesa enfatizou o respeito aos princípios éticos e legais que regem o sistema judiciário. 

Confira um vídeo gravado pelo advogado de defesa Dr. Cláudio Dalledone:

O crime ocorreu em julho de 2022, durante a celebração do aniversário de 50 anos de Marcelo Arruda, quando este foi baleado por Guaranho, um policial penal. Conforme as investigações, Guaranho invadiu o local da festa ao descobrir que o tema da celebração era o presidente Lula (PT), uma vez que a vítima atuava como tesoureiro do Partido dos Trabalhadores na cidade. 

As investigações apontaram ainda que Guaranho teve acesso às imagens da câmera de segurança do local por meio de um terceiro e, mesmo sem conhecer a vítima, dirigiu-se ao local para insultá-la. Após uma discussão, Guaranho deixou o local, mas retornou armado e atirou contra Arruda. Este, que era guarda municipal, conseguiu reagir, ferindo também o agressor, mas não resistiu aos ferimentos. 

O caso ganhou repercussão nacional devido à sua brutalidade e provocou debates sobre a violência política associada ao bolsonarismo. Guaranho está preso no complexo médico-penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. 

O julgamento estava previsto para 7 de dezembro, mas foi adiado devido ao pedido da defesa do réu para mais tempo na coleta de provas. Jorge Guaranho responde por homicídio doloso duplamente qualificado, conforme denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) à Justiça.