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Jéssica Bate Estaca prevê volta ao octógono em cinco meses

14/05/2019 09H03

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A vez do Brasil no UFC é das mulheres e Jéssica Andrade, mais conhecida como Jéssica Bate Estaca, provou isso na noite deste sábado. A brasileira de Umuarama venceu de maneira espetacular a norte-americana Rose Namajunas no UFC 237. Em entrevista ao programa Ana Maria Braga, a lutadora prevê seu próximo confronto em cinco meses, neste periodo espera o pedido de revanche de Namajunas.

Jessica confidenciou a apresentadora Ana Maria Braga, que ela já foi desclassificada de um campeonato de jiujitsu justamente por causa do movimento que aplicou em Rose Namajunas na noite de sábado. “Nos campeonatos de jiu-jitsu o ‘bate-estaca’ é proibido e eu já fui desclassificada por causa disso. Em uma das minhas primeiras competições de jiu-jitsu, eu peguei uma menina que era mais pesada do que eu e fiz isso, mas acabei desclassificada”, falou.

A lutadora, que começou sua carreira em Umuarama, contou que entregar uma flor para Rose Namajunas foi um gesto de admiração e de boas vindas ao Brasil. Ainda segundo Jessica, em algumas entrevistas Namajunas deixou a entender que pretende parar de lutar, mas a brasileira não acredita que isso possa acontecer. “Vou ficar aguardando. Se ela quiser revanche, estou aqui, estou esperando. Eu acho que ela vai pedir (revanche)”.

Ainda sem uma próxima rival, Jessica Andrade ressaltou que vai descansar por um tempo e voltar aos treinos. Ela acredita que nos próximos cinco meses uma nova luta seja marcada.

CAMPEÕES

Com o triunfo de Jéssica, o Brasil fica, agora, com três campeãs nas quatro categorias do UFC. Além dela, Amanda Nunes detém os cinturões unificados dos pesos galo e pena. Valentina Shevchenko, do Quirguistão, é a dona do cinturão do peso-mosca.

“Eu voltei muito consciente do que podia fazer no segundo round. Ela veio mais lenta e eu consegui dar o meu bate-estaca. Ainda não tinha conseguido dar”, comemorou Jéssica, que dedicou o cinturão ao seu antigo treinador Gilliard Paraná.

A lutadora paranaense emendou a quarta vitória seguida e tem 20 triunfos na carreira. “Esse cinturão aqui é desse cara (Gilliard). Porque sem ele eu não teria chegado aqui hoje. Se não tivesse montado a academia na casa da mãe dele, eu, filha de pedreira, de faxineira, não estaria aqui hoje”, afirmou a lutadora enquanto o treinador chorava ao lado dela.