Educação
Como qualquer ambiente, a internet oferece risco para pessoas indefesas e as crianças são alvos fáceis de pedófilos, sequestradores, entre outros crimes virtuais, como a possível indução ao suicídio realizada por um personagem chamada Momo. A questão é que, com Momo ou sem Momo, os pais precisam ficar atentos às ações dos filhos, orientar e educar sobre o uso dos recursos digitais.
O professor e coordenador do curso de Sistemas Para Internet da Faculdade Alfa, Anderson Fernandes, conversou com a reportagem do jornal Umuarama Ilustrado e falou como os pais podem monitorar os verdadeiros perigos que a internet oferece para seus filhos.
O primeiro ponto levantado pelo professor é a sinceridade entre pais e filhos. “A educação é o melhor meio para você entender o que seu filho vem fazendo ou vendo na internet. Conversar com os filhos, ser sincero com a criança e mostrar o que pode e não pode fazer na internet, como também para sua vida fora da internet, é fundamental. Os pais precisam estar presentes na vida do filho”, alertou.
O WhatsApp e Facebook não foram idealizados para crianças menores de 13 anos, pois criminosos da internet utilizam as ferramentas para enganar os menores, além de imagens e informações que não devem ser absorvidas pelas crianças, ressaltou o professor. “Os criminosos da internet aproveitam da ingenuidade dos menores e até adultos. Temos que ficar atentos para isso”, explicou.
Ainda segundo o entrevistado, conectar sites e aplicativos com o e-mail dos pais é outra forma de controlar o acesso ao conteúdo dos filhos. “Se você não consegue bloquear o WhatsApp é preciso fiscalizar, é ser presente. Mas o ideal é a criança não ter acesso a este tipo de serviço, pois além do perigo de ter contato com os criminosos, nas redes sociais chegam conteúdos impróprios. Já o Youtube o pai pode fazer o login com sua conta para observar o conteúdo assistido e os acessos” alertou.
Regular o tempo de acesso a estes aparelhos também é fundamental, pois segundo o professor, a criança precisa entender que existe tempo para tudo. “Ele precisa fazer tarefa, ler, entre outras obrigações. Tem que existir a educação do tempo. A última orientação é para os pais comunicarem a polícia, caso o filho tenha acesso com alguma ameaça na internet”, finalizou Fernandes.
Embora algumas pessoas relatem a existência de vídeos, não existe nenhuma evidência concreta de que tenha circulado na plataforma YouTube Kids, como diziam os rumores divulgados por WhatsApp, vídeos do personagem Momo. Nem o Ministério Público, nem ONGs de segurança na web e nem o próprio YouTube encontraram qualquer indício disso.
Mesmo sem dados concretos, o Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (Nucciber), do MP da Bahia, instaurou investigação sobre o caso e notificou YouTube e WhatsApp, para pedir que eventuais vídeos sejam removidos das redes ou tenham seu compartilhamento restringido.
