Experiência
No mês de setembro, em Curitiba, o Museu Oscar Niemeyer (MON) anunciou a abertura da exposição “OSGEMEOS: Segredos”. A produção original da Pinacoteca do Estado de São Paulo ganhou muita atenção nos últimos meses, principalmente nas redes sociais. As fotos da exposição publicadas no Instagram, por exemplo, chamaram a atenção por conta da mescla de cores, sons e objetos. Essa sempre foi a ideia do projeto, que une a interatividade do mundo digital com a cultura da arte, algo que tem ganhado força em todo o Brasil, e promete causar um grande impacto também no Paraná.
As obras foram criadas pelos irmãos artistas plásticos Otávio e Gustavo Pandolfo, e apelam para um visual que combina com a internet. As cores fortes e as obras de maiores tamanhos são consideradas fotogênicas e, desde o início do ano, estão tomando espaço em todas as redes sociais de compartilhamento de fotos. No Instagram, como citamos anteriormente, não faltam postagens de pessoas que visitaram as explosões em São Paulo. Por conta disso, a expectativa é de muito sucesso também em Curitiba.
Essa exposição é apenas mais uma que conecta a arte ao mundo digital. Nos últimos anos, os artistas estão buscando maneiras diferentes de unir esses dois mundos e isso resulta na criação de obras diferentes. Recentemente, o Centro de Memória do Esporte criou três exposições exclusivas para o mundo virtual. A mais nova, lançada no início de outubro, conta a história dos Jogos de Integração da Terceira Idade Paranaense, uma iniciativa que começou em 1995 e que existe até os dias atuais.
Assim, podemos entender que a cultura está abrindo espaço para a interação digital. Um movimento importante que precisa ser feito. Quase todas as pessoas, seja no Paraná ou em qualquer outro estado brasileiro, estão ficando mais conectadas. Segundo dados recentes do IBGE, o Brasil oferece uma forma de conexão à internet para quase 75% da população. Ou seja, o mundo digital faz parte da rotina das pessoas, e o mundo artístico está se adaptando para acompanhar esse movimento.
Não é só a arte que está ficando cada vez mais interativa com as novas tecnologias. O entretenimento mudou bastante nos últimos anos, e ficou muito mais virtual. Por exemplo, os cassinos online ganharam muito espaço entre os fãs de apostas. As melhores plataformas costumam oferecer uma experiência interativa, com uma grande variedade de jogos e bônus sem depósitos para novos usuários. A ideia é mostrar que um cassino ao vivo pode ser tão interessante como um tradicional, e muitas vezes mais interativo com slots machines temáticas e jogos de mesa de qualidade.
O crescimento do mercado dos games é outro bom exemplo, principalmente aqui no Brasil. Nos últimos cinco anos, o setor ganhou destaque e conseguiu um faturamento cada vez maior. A expectativa para 2021, segundo estudo realizado pela NewZoo, é uma receita recorde de US$ 2 bilhões. Um número que provoca inveja para qualquer outro setor que atua no entretenimento, seja digital ou não.
No Paraná, os jogos eletrônicos são tratados com a devida importância, principalmente na área da educação. Desde 2019, como mostramos na reportagem sobre processos seletivos, a Universidade Paranaense (Unipar) oferece o curso de desenvolvimento de jogos digitais. A ideia é desenvolver futuros profissionais para essa área, e transformar o estado em um polo importante de games. As cidades de São Paulo e de Belo Horizonte servem de referência para a universidade local.
Além da nova exposição, o MON também tem feito outras ações digitais para integrar a arte na vida das pessoas. A maior delas está no site oficial do museu, que possui um espaço separado para as exposições virtuais. Em uma parceria com o Google, a instituição disponibilizou 19 coleções diferentes para as pessoas acompanharem online. São fotografias, esculturas, pinturas e várias outras obras que estão no MON físico e podem ser acessadas sem qualquer pagamento.
O futuro é totalmente digital, e a arte está se adaptando rapidamente para acompanhar essas mudanças. As exposições físicas vão continuar existindo, mas estarão cada vez mais conectadas com o mundo digital. Fazer sucesso nas redes sociais é algo importante, e pode garantir um bom público nos museus. Afinal, as publicações acabam servindo de propaganda pela experiência compartilhada no Instagram, no Facebook ou em outra mídia que está em alta no momento. Isso faz da arte algo cada vez mais popular e alcançável.