Saúde
O serviço de Vigilância em Saúde Ambiental, responsável pelas ações de prevenção, fiscalização e combate à dengue no município, divulgou o boletim semanal de acompanhamento da doença na sexta-feira, 23. Foram confirmados dois novos casos, o que eleva para 64 o total acumulado desde 1º de agosto. Há ainda 104 suspeitas em investigação, aguardando resultado, e 567 foram descartadas do total de 735 notificações registradas no mesmo período.
Conforme o relatório, há pessoas contaminadas pela dengue em 43 localidades da sede e nos distritos de Lovat e Roberto Silveira. As regiões do Conjunto Ouro Branco e do Jardim São Cristóvão permanecem em estado de alerta, devido à incidência de casos – os bairros próximos às UBS Guarani/Anchieta e Vitória Régia também apresentam volumes expressivos. Desde agosto não houve casos graves da doença nem óbitos confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Por meio da Vigilância Ambiental, a Secretaria da Saúde divulgou um balanço do trabalho realizado ao longo do ano no combate à dengue. Houve várias ações integradas, envolvendo agentes de combate a endemias, estudantes de diversas instituições de ensino, Tiro de Guerra, agentes de saúde, fiscais de postura, Vigilância Sanitária, Defesa Civil, secretarias municipais, equipes esportivas, Sesc, Senac, Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental.
“Tivemos o ‘Dia D’ de combate à dengue, ações de limpeza de rios, praças e bosques, terrenos baldios e orientações à população em diversas ocasiões. Nossos agentes realizaram 309.574 visitas a imóveis residenciais e comerciais e 2.199 pontos estratégicos. Realizamos 6.924 tratamentos de imóveis com inseticida e foram eliminados 267.746 possíveis focos de reprodução do mosquito transmissor da doença”, informou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Renata Ferreira.
Durante as vistorias realizadas nos imóveis, os agentes recolheram 2.366 pneus velhos e coletaram 2.370 tubitos com larvas de mosquito enviadas para análise, a fim de identificar a presença do Aedes aegypti.
Ao longo do ano as equipes realizaram, ainda, seis levantamentos de índice rápido para infestação pelo mosquito da dengue (o chamado Liraa), que dimensionaram a evolução das infestações. Em janeiro 0,7% dos imóveis visitados apresentaram larvas. O número aumentou para 2,8% em março e recuou para 2,3% em maio, ambos acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 1%.
Com o trabalho de enfrentamento intensificado pelos agentes de combate a endemias, as ações integradas e o programa Bairro Limpo, que atendeu diversas localidades com uma série de serviços públicos – incluindo a coleta de entulhos e materiais recicláveis –, o índice de infestação predial baixou para 0,7% em junho e para 0,3% em agosto, registrando uma pequena elevação no último levantamento em novembro, quando fechou em 0,8%.
A Sesa também divulgou nesta semana o último boletim epidemiológico de 2022. O Paraná registrou 126 novos casos de dengue e mais 2.190 notificações em relação à semana anterior. Desde o início do período sazonal de 2022, o Estado soma três mortes, 2.002 casos confirmados, 6.024 em investigação e 28.279 notificações. Dos 348 municípios com notificações, 191 tiveram casos confirmados.
“Todos devem seguir as medidas conhecidas, como remoção de água parada e destinação correta de resíduos. Profissionais de saúde e a população precisam estar atentos aos sintomas da doença, como febre, dores no corpo, dores de cabeça, dor no fundo do olho, entre outros, e procurar atenção médica”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.