27/09/2018
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta quarta-feira (26), por 7 votos a 2, um pedido para que eleitores que tiveram o título cancelado pela Justiça Eleitoral por faltarem à revisão periódica -que inclui o cadastramento biométrico- pudessem votar neste ano. A maioria dos ministros acompanhou o relator da ação, Luís Roberto Barroso. Eles entenderam que é válido cancelar o título do eleitor que não comparecer ao recadastramento. De acordo com o TSE, 5,6 milhões de eleitores faltaram à revisão eleitoral feita entre 2016 e 2018. Desse total, 3,4 milhões tiveram os títulos cancelados por motivos diversos e não poderão votar nas eleições deste ano. Mais da metade (54%) dos cancelamentos foi em estados das regiões Norte e Nordeste do país. A ação julgada, uma ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental), foi ajuizada na semana passada pelo PSB. O partido argumentou que o cancelamento dos títulos feria o direito ao voto e penalizava principalmente os eleitores pobres. O pedido era para que fosse concedida uma medida cautelar para permitir que eleitores que faltaram ao recadastramento pudessem votar neste ano -se não no primeiro turno, por inviabilidade técnica de incluí-los em tempo hábil nas listas das seções eleitorais, ao menos no segundo turno. “É uma quantidade muito grande de eleitores, 2,4% do eleitorado. Isso pode fazer diferença em pleitos proporcionais e majoritários”, disse o advogado do PSB, Daniel Sarmento.
Estratégia adotada pela equipe de comunicação de Amoêdo (Novo) fez com que caixa de emails do Datafolha ficasse lotada com pedidos de militantes que querem participar das pesquisas do instituto. Buscando atingir 6% -porcentagem necessária para participar do debate da Globo que acontecerá no dia 4 de outubro-, os eleitores têm realizado periodicamente ‘tuitaços’ com a hashtag #JoãoCom6%. A “onda laranja”, como os integrantes do Partido Novo costumam chamar seus apoiadores nas redes sociais, chegou até o Datafolha pedindo que seus apoiadores sejam entrevistados. A estratégia começou na terça (25) e nesta manhã já foram contabilizados mais de mil emails. Os eleitores também estão acionando o instituto por telefone. Procurado pela reportagem, o Datafolha afirma que não realiza pesquisas por telefone nem por internet. Além disso, a partir do momento em que uma pessoa se oferece para participar de uma pesquisa, ela perde o critério de aleatoriedade e acaba enviesando o resultado. “Emails não têm como ser revertidos em intenção de votos”, afirma o instituto. Segundo a assessoria de Amoêdo, a campanha começou nesta segunda (24) após reunião das assessorias dos candidatos com a TV Globo, em que foram informadas as regras para a participação no debate. Questionados sobre os emails ao Datafolha, o Novo informou em nota que esse movimento não é estimulado nem alimentado pela sigla. Na noite de terça (25), a hashtag com o nome do candidato chegou a atingir o primeiro lugar no ‘trending topics’ do Twitter no Brasil, com cerca de 100 mil tuítes. A campanha também se estendeu para outras redes sociais.
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, que passou por um procedimento médico nesta terça-feira (26) e cancelou parte de sua agenda de rua disse que fará “o que é necessário e o que puder” na última semana de campanha antes do primeiro turno. “Gosto de estar na rua, mas a gente faz o que é necessário e o que pode”, disse, em seu camarim. Ciro saiu do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, direto para o debate, ainda usando uma sonda. “Tenho já 60 anos, e é muito importante que todos os homens a partir dos 30 façam o exame de toque. Eu faço a prevenção da próstata”, disse. Segundo o candidato, por causa da agitação da campanha, um dos vasos da próstata rompeu. “E eu sangrei pela urina.” Segundo ele, o médico já o “devolveu para a luta”. Questionado sobre a última pesquisa Ibope, Ciro disse acreditar que o primeiro turno terá “um resultado bem diferente” do das pesquisas. “É possível que eles [institutos] simplesmente errem porque a população está em permanente mutação, ninguém está apaixonado, é um fim de ciclo, o ódio está demarcando o campo de uma forma muito grave.”