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17/08/2018 00H00

 TSE rejeita pedido de Lula para
participar de debate nesta sexta

O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Sérgio Banhos rejeitou um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar do debate da Rede TV! que será realizado nesta sexta (17). Para o ministro auxiliar do TSE, o pedido não poderia sequer ser analisado. "É fato público, notório e incontroverso no campo da existência que a segregação imposta ao pretenso candidato, cuja análise do registro eleitoral será oportunamente realizada, […] decorre de determinação exarada pela Justiça Comum (Tribunal Regional Federal) ante entendimento firmado, por maioria, no âmbito do Supremo Tribunal Federal", escreveu Banhos. "Carece esta Justiça especializada [eleitoral] de atribuição constitucional e legal para intervir em ambiente carcerário, no qual em curso o cumprimento, ainda que provisório, de sanção penal, dispondo sobre a eventual utilização intramuros de aparato tecnológico que possibilite, para além de todas as demais questões jurídicas certamente envolvidas, a participação do requerente [Lula], por videoconferência ou por meio de vídeos pré-gravados", justificou. "Aliás, no que toca à gravação de vídeos, o modelo seria incompatível até mesmo com a já conhecida dinâmica desses debates." Banhos determinou o arquivamento do pedido feito pelo PT.

Com crise econômica, jingles de
presidenciáveis defendem volta por cima

Os jingles dos candidatos a presidente deste ano oferecem um cardápio musical variado, com direito a forró, sertanejo e reggaeton. A mensagem central deles, contudo, é semelhante: necessidade de mudança e de retomar a prosperidade do país. Em campos políticos diferentes, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), filiados a partidos que já governaram o país, pregam que a população brasileira dê a volta por cima e volte a ser feliz e a sorrir. Os jingles de Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), cujos partidos nunca presidiram o Brasil, defendem que a sociedade tenha esperança e adote um novo rumo. Os dois candidatos, conhecidos pelo temperamento forte, ressaltam a necessidade de eleger um presidente de coragem. Como o jingle petista, que pede para chamarem Lula porque ele "dá jeito", o de Henrique Meirelles (MDB) também o apresenta como um nome que pode consertar o país. "Chama, chama, chama o Meirelles. Chama que ele tem a solução", ressalta. Em 2014, o país entrou em recessão econômica e até hoje não retomou o ritmo anterior de crescimento. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego é de 12,4%, o que corresponde a 13 milhões de pessoas.

Aliados de Alckmin veem desgaste com
investigações sobre tucanos e entrevista de Temer

Aliados do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) entenderam que o presidenciável tucano teve nas últimas 24 horas um pacote de desgastes para sua campanha.
A maré negativa começou na quinta-feira (16) com o depoimento de Alckmin, no dia anterior, ao Ministério Público paulista no inquérito que apura se ele cometeu improbidade administrativa na modalidade enriquecimento ilícito. Ele teria recebido os recursos, de R$ 10,3 milhões, via caixa dois, de acordo com delatores da empreiteira. Na mesma data, à noite, o Jornal Nacional mostrou que documentos enviados ao Brasil pelo governo da Suíça reforçam suspeitas de caixa dois na campanha do senador José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006.
Embora integrantes da campanha de Alckmin digam que o desgaste provocado pelos episódios envolvendo outros nomes do PSDB, como Serra e o senador Aécio Neves (MG), além do próprio presidenciável, já estejam contabilizados no percentual de rejeição dele, querem que o ex-governador de São Paulo tente sair da vala comum de envolvidos em casos de corrupção.
Mas os problemas de Alckmin tiveram seguimento nesta quinta-feira (16), quando a Folha de S.Paulo publicou entrevista em que o presidente Michel Temer tentou relacionar o tucano a seu governo impopular. "Se você dissesse: ‘quem o governo apoia?’. Parece que é o Geraldo Alckmin, né? Os partidos que deram sustentação ao governo, inclusive o PSDB, estão com ele", disse Temer na entrevista", reagiu o presidente do DEM, ACM Neto, que integrou a coordenação política da campanha de Alckmin.