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Ilustradas

22/08/2018 00H00

 Aborto é assassinato, afirma instituto de advogados

A Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados de São Paulo aprovou um documento no qual afirma que "aborto é assassinato". "Não adianta querer negar, morte é morte, diz o texto. "Ninguém tem liberdade para matar, mesmo que seja a mãe do embrião vivo." Fundado em 1874 com o propósito de promover o aprimoramento do estudo e da prática da ciência jurídica, o instituto reúne alguns dos principais advogados do país. Com cerca de 900 membros, tem como associado honorário, por exemplo, Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal, e os ex-ministros Antonio Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence. O documento, aprovado no dia 13 de agosto, foi enviado para a ministra Rosa Weber, relatora da ação que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. O processo foi ajuizado no ano passado pelo PSOL, que argumentou que as razões jurídicas que moveram a criminalização do aborto pelo Código Penal de 1940 "violam os preceitos fundamentais da dignidade da pessoa humana, da proibição de tortura ou tratamento desumano ou degradante, da saúde e do planejamento familiar de mulheres, adolescentes e meninas." No início do mês, houve uma audiência pública no STF como parte da preparação para o julgamento, ainda sem data para ser realizado. Hoje o aborto só é permitido em três tipos de gravidez: decorrente de estupro, que cause risco à vida da mulher ou de feto anencéfalo. Ao convocar a discussão, a ministra disse que o assunto é um dos temas jurídicos "mais sensíveis e delicado", por envolver "razões de ordem ética, moral, religiosa, de saúde pública e tutela de direitos fundamentais individuais".

Funai filma com drone grupo de índios isolados na Amazônia

A Funai (Fundação Nacional do Índio) divulgou nesta terça-feira (21) imagens feitas por um drone que confirmam a existência de uma etnia indígena isolada no meio da selva amazônica na região do Vale do Javari, na fronteira entre Brasil e Peru. As imagens foram feitas no ano passado em um dos 12 voos feitos por uma equipe da Funai que se aproximou das malocas dos índios, após outros indígenas da região terem levado ao órgão suspeitas de ameaças de caçadores. "O uso do drone trouxe segurança para os indígenas e para a equipe da Funai. A ideia é compartilhar essas cenas com os brasileiros para confirmar a existência desses índios e a importância de protegê-los. Precisamos fortalecer o nosso trabalho na região", disse o indigenista Bruno Pereira, da coordenação da Funai de índios isolados e de recente contato. O órgão indigenista preferiu o drone para manter a distância e o risco de transmissão de doenças aos índios. Segundo a Funai, os índios estão numa região de difícil acesso, distante até 180 km de barco e mais 120 km a pé na mata fechada de uma base do órgão na Amazônia. A Funai disse não ter meios de confirmar o número de índios, mas as imagens de drone revelaram pelo menos 16 em três malocas, segundo o órgão. Pouco se sabe a respeito desse grupo, mas os indigenistas estimam que falem a língua pano.

Corpo de Otavio Frias Filho é velado na Grande São Paulo

O corpo de Otavio Frias Filho, 61, diretor de Redação da Folha de S.Paulo, que morreu nesta terça-feira (21), foi velado no cemitério Horto do Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Participaram familiares, amigos e representantes de diferentes setores da sociedade, como empresários, intelectuais, artistas, políticos e dirigentes dos principais órgãos de comunicação do país. O governador Márcio França (PSB), o prefeito Bruno Covas (PSDB) e os candidatos a presidente Ciro Gomes (PDT) e Henrique Meirelles (MDB) também compareceram. A cerimônia de cremação ocorreu em seguida, no mesmo local. Nela, o jornalista Clovis Rossi, colunista da Folha, fez um rápido discurso. Mentor do Projeto Folha, que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980, Otavio foi vítima de um câncer originado no pâncreas. À frente do jornal por 34 anos, foi diagnosticado com a doença em setembro de 2017 e morreu às 3h20 desta terça no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Otavio deixa Fernanda Diamant, editora da revista literária Quatro Cinco Um, com quem teve as filhas Miranda e Emilia, e os irmãos Maria Helena, médica, Luiz, presidente do Grupo Folha, e Maria Cristina, editora da coluna Mercado Aberto da Folha.