20/10/2018
O corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Jorge Mussi, decidiu na noite desta sexta-feira (19) abrir ação para investigar a compra de disparos em massa de mensagens anti-PT pelo WhatsApp. Mussi atendeu a um pedido do PT contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL).
No entanto, o ministro negou o pedido de medidas cautelares feito pelos advogados do PT, que queriam que houvesse busca e apreensão de imediato, e deixou de analisar o pedido de quebra de sigilo das empresas suspeitas.
Mussi mandou notificar Bolsonaro e abrir prazo de cinco dias para que ele se manifeste.
Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (18) mostrou que empresas bancaram uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em massa.
Nesta sexta-feira (19), o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social.
O PDT de Ciro Gomes ingressou na tarde desta sexta-feira (19) com pedido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de anulação do primeiro turno da campanha presidencial deste ano. O partido apresentou uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, sob a suspeita de abuso de poder econômico, veiculação de fake news e recebimento de apoio empresarial. O procedimento foi distribuído ao ministro Jorge Mussi, corregedor-geral eleitoral, e se baseia em denúncia publicada ela Folha de S.Paulo de que empresas compraram pacotes de disparos de mensagens contra o PT no WhatsApp. No pedido, o partido lembra que doação empresarial a campanha eleitoral, mesmo que por meio de um apoio, é vedada pela legislação eleitoral. E que foi cometido abuso de poder porque Bolsonaro não registrou a atividade em sua prestação de contas. Ciro ficou em terceiro lugar na disputa eleitoral deste ano, atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e de Fernando Haddad (PT). Na quinta-feira (18), o petista defendeu que o segundo turno deveria ser disputado entre ele e o pedetista. O WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market, determinando que parem de fazer envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela internet. A empresa também baniu as contas do WhatsApp associadas a essas agências. Elas estão sob investigação e serão notificadas caso sejam comprovadas as irregularidades.
O ex-deputado federal André Vargas, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, foi solto nesta sexta-feira (19) após cumprir um terço da pena e iniciar o pagamento da reparação de danos ordenada pela justiça. A decisão de conceder liberdade condicional ao político foi da 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba. A juíza Luciani Tesseroli Maronezi entendeu que Vargas apresentou comportamento satisfatório e começou a pagar, em prestações, a indenização de R$ 1,1 milhão a que foi condenado. Serão 72 parcelas de R$ 15 mil. O ex-deputado petista deixou o Complexo Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba, à tarde. Estava detido havia três anos e meio. Vargas, que chegou a ser vice-presidente da Câmara de Deputados e acabou cassado após ser acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, foi o primeiro político condenado na Lava Jato, em setembro de 2015. Ele foi acusado de receber propina de contratos de publicidade da Caixa Econômica e do Ministério da Saúde. O político tem condenações em três processos, das quais ainda recorre. Ele se desfiliou do PT em 2014. As advogadas Nicole Trauczynski e Elisa Blasi, que defendem o político, afirmaram que a decisão foi acertada e que Vargas cumpriu “todos os requisitos legais”.