Colunistas

04/10/2018

Ilustradas

04/10/2018 07H28

Bolsonaro chega a 32% e Haddad vai a 23%, diz Ibope

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ampliaram a distância sobre os demais candidatos na corrida presidencial, de acordo com a mais nova pesquisa Ibope, de 1 e 2 de outubro. O Datafolha da corrida presidencial divulgado nesta terça-feira (2) foi a campo no dia 2 de outubro. O capitão reformado aparece com 32% das intenções de voto, contra 23% do petista. Ciro Gomes (PDT) tem 10% e Geraldo Alckmin (PSDB), 7%. Marina Silva (Rede) está com 4%. Brancos e nulos somam 11%, enquanto 6% não souberam ou preferiram não responder. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Em relação ao levantamento anterior, Bolsonaro oscilou um ponto para cima, e Haddad, dois. Já Ciro e Alckmin oscilaram negativamente um ponto cada. Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, o capitão reformado chega a 38%, contra 28% do petista. Em um eventual segundo turno, Haddad e Bolsonaro apresentam empate técnico (43% para o ex-prefeito de São Paulo contra 41% do deputado). Bolsonaro e Haddad também lideram os índices de rejeição junto ao eleitorado: 42% não votariam de jeito nenhum no candidato do PSL, enquanto 37% rejeitam Haddad. A pesquisa, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo, está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-08245/2018. O instituto ouviu 3.010 eleitores em 209 municípios. O nível de confiança é de 95%.

Jair Bolsonaro (PSL): 32%

Fernando Haddad (PT): 23%

Ciro Gomes (PDT): 10%

Geraldo Alckmin (PSDB): 7%

Marina Silva (Rede): 4%

João Amoêdo (Novo): 2%

Henrique Meirelles (MDB): 2%

Alvaro Dias (Podemos): 1%

Cabo Daciolo (Patriota): 1%

Guilherme Boulos (PSOL): 0%

Vera Lúcia (PSTU): 0%

João Goulart Filho (PPL): 0%

Eymael (DC): 0%

Branco/nulos: 11%

Não sabe/não respondeu: 6%

Lewandowski autoriza entrevista de Lula, mas cabe a Toffoli marcá-la

Em nova decisão na noite desta quarta-feira (3), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas na prisão em Curitiba, onde está desde abril. No entanto, Lewandowski encaminhou sua decisão ao presidente da corte, Dias Toffoli, para que ele delibere sobre a execução. Isso porque, na segunda-feira (1º), Toffoli manteve suspensa uma decisão anterior de Lewandowski sobre esse assunto. Na prática, caberá ao presidente do STF decidir se executa a decisão agora e permite a entrevista ou se a suspende. “Diante da possibilidade de nova avocação da jurisdição a mim conferida por distribuição realizada pela própria Presidência nesta reclamação e a fim de evitar-se tumulto processual, insegurança jurídica e instabilidade no sistema de Justiça, encaminhem-se os autos ao Presidente do Tribunal, o Ministro Dias Toffoli, para deliberar o que entender de direito”, escreveu Lewandowski. Desta vez, o ministro atendeu a um pedido do próprio Lula, que entrou mais cedo com uma reclamação no Supremo alegando que decisões da Justiça Federal no Paraná, que tem vetado entrevistas, têm tolhido sua liberdade de pensamento e a liberdade de imprensa.

Justiça proíbe dono da Havan de realizar atos políticos com funcionários e compara a ‘voto de cabresto’

A Justiça do Trabalho em Santa Catarina determinou, nesta quarta-feira (3), que o empresário e dono da varejista Havan, Luciano Hang, deixe de realizar atos direcionados a seus empregados em apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e a qualquer outro candidato. Para o juiz do Trabalho Carlos Alberto Pereira de Castro, o empresário manteve uma “conduta flagrantemente amedrontadora” ao divulgar vídeos e organizar eventos com funcionários em que declara seu voto no candidato do PSL, e sugere que, caso ele não ganhe, o futuro da Havan e de seus empregados estará em risco. “Revela-se aí, sem dúvidas, conduta que se enquadra como assédio moral”, afirma. O magistrado compara a prática ao “voto de cabresto”, e diz que, em função da relação de subordinação dos empregados e da sugestão de risco aos seus empregos, Hang se imiscuiu na esfera de privacidade e intimidade dos funcionários e fez “ameaças veladas”. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do Trabalho, que informou ter recebido 47 denúncias de empregados que se disseram constrangidos pelo patrão.